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Quem subiu e desceu na bolsa com os resultados desta quarta-feira

Lucro da Petrobras caiu, mas ações subiram no pregão

Refinaria da Petrobras no Rio Grande do Norte (EXAME/Arquivo)

Refinaria da Petrobras no Rio Grande do Norte (EXAME/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 17h45.

São Paulo – Após zerar no pregão de ontem os ganhos de 2012, o Ibovespa desceu mais ainda nesta quarta-feira, perdendo 0,62%, para 55.887 pontos. Com o resultado de hoje, o índice acumula queda de 1,52% em 2012 e testa uma nova mínima de 55 mil pontos no ano.

Confira a seguir a reação do mercado e a análise para Petrobras, JBS, Minerva e Lupatech após as empresas divulgarem os resultados do primeiro trimestre.

Petrobras: PETR3 +3,63%, PETR4 +4,33%

Embora o lucro da Petrobras tenha caído, os números agradaram o mercado e as ações terminaram o pregão desta quarta-feira em alta. A companhia divulgou na terça-feira, após o fechamento do mercado, um lucro líquido de 9,2 bilhões de reais no primeiro trimestre, número 16% menor que o obtido um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita com vendas subiu 22%, para 66 bilhões de reais. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 4%, para 16,5 bilhões de reais.

Pedro Medeiros, analista do Citi, aponta que, embora o ebitda tenha ficado em linha com o esperado o lucro veio acima da projeção. Os bons números, porém, não devem se sustentar pelo segundo trimestre. “Apesar dos resultados acima do esperado, continuamos cautelosos no curto prazo, com o foco na fraqueza dos preços e na moeda local”, afirmou o analista em relatório para clientes. Medeiros mantém a recomendação de compra para a empresa.

JBS (JBSS3) -8,83%

O JBS, maior produtor global de carne bovina, anunciou na noite de terça-feira um lucro líquido de 116,1 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 21% na comparação com o registrado em igual de 2011. O Ebitda caiu para 696,5 milhões de reais no primeiro trimestre, contra 835,9 milhões de reais em igual período de 2011.

Os números vieram abaixo do esperado por analistas, levando a cotação da empresa para o menor nível em mais de três meses durante o pregão. Em relatório enviado para clientes, William Castro Alves, analista da XP Investimentos, destacou como pontos preocupantes do balanço a elevada alavancagem da empresa e seu perfil agressivo de crescimento via aquisições e expansão para diferentes mercados e regiões.

O analista destaca o recente anúncio de aluguel de ativos da Frangosul, empresa controlada pela francesa Doux, que se mostrou deficitária e com necessidades de alto valor de capital de giro. “Ainda que a companhia reforce estimativas positivas quanto a tal operação, vemos a mesma com receio e certo ceticismo”, afirmou.


Minerva (BEEF3) -0,51%
O frigorífico Minerva teve prejuízo 66,7 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, ante um lucro líquido de 14,6 milhões de reais no mesmo período do ano passado. No início do ano, a empresa realizou operação para rolagem de dívidas de curto prazo, o que, junto com o aumento da cotação do dólar, causou impacto nas contas da empresa.

Em relatório enviado para clientes, o analista Henrique Koch, do BB Investimentos, destaca que a empresa teve boas margens, apesar do prejuízo. Ele afirma que a empresa segue confiante na mudança do ciclo da pecuária, com maior disponibilidade de animais para abate e menores custos de matéria-prima. “Em nossa visão, o Minerva segue como um dos frigoríficos mais bem posicionados para se beneficiar desse novo ciclo e fortalecer suas margens operacionais durante o ano”, afirmou. O preço-alvo para as ações da empresa está sendo revisado pelo analista.

Lupatech (LUPA3) -2,76%

A Lupatech teve forte aumento em seu prejuízo no primeiro trimestre. A baixa aumentou 675% sobre o prejuízo do mesmo período do ano passado e alcançou 69,991 milhões de reais. As ações da companhia foram punidas no pregão.

“No primeiro trimestre de 2012 da Lupatech apenas confirmou a trajetória de fracos desempenhos que a companhia vem amargando nos últimos tempos com o alto grau de endividamento, o nível de custos e despesas em ascensão e o baixo incremento na performance de vendas”, afirmou o analista Mário Bernardes Junior, do BB Investimentos, em relatório para clientes. O analista está revisando o preço-alvo projetado para os papéis.
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