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Queda deve prevalecer na abertura de NY com agenda fraca

Notícias corporativas dominam o noticiário, principalmente a recepção aos novos lançamentos da Apple


	Bolsa de Nova York: no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,11%
 (AFP/Getty Images)

Bolsa de Nova York: no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,11% (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 10h37.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem abrir o pregão desta quarta-feira, 10, hoje em baixa, sinalizam os índices futuros.

A quarta-feira tem agenda fraca de indicadores nos Estados Unidos e, por enquanto, notícias corporativas dominam o noticiário, principalmente a recepção aos novos lançamentos da Apple e a expectativa pelo início das vendas dos novos produtos, com a pré-ordem começando nesta sexta-feira.

Às 10h15 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,11%, o Nasdaq tinha ligeira perda de 0,02% e o S&P 500 recuava 0,09%.

O único indicador do dia, além de dados semanais de petróleo, são os estoques no atacado de julho, que serão divulgados após a abertura do mercado, às 11h (de Brasília).

O dado não costuma ter grande impacto no mercado financeiro, mas é usado pelos economistas para ver tendências das vendas no varejo e da produção de bens de consumo.

Para julho, a previsão é de crescimento de 0,5%, segundo consenso calculado pelo jornal Barron's. Se confirmado, o número representa uma aceleração em relação ao de junho, que mostrou aumento de 0,3%.

"Com calendário esvaziado, o foco deve ser os papéis da Apple", destaca o diretor da BK Asset Management, Boris Schlossberg.

O lançamento do iPhone 6, de um sistema de pagamentos e de um relógio inteligente, anunciados na terça-feira, 09, é destaque nos dois principais jornais do país, The New York Times e The Wall Street Journal, e analistas em Wall Street tiveram, por enquanto, recepções mistas.

O Goldman Sachs chamou os lançamentos de "impressionantes" e elevou as previsões de ganhos para a empresa e o preço-alvo da ação da Apple.

Já os analistas da Pacif Crest cortaram a recomendação para as ações da Apple, destacando a falta de um produto capaz de turbinar os ganhos da gigante de tecnologia, como foi, por exemplo, o iPad no passado.

Ontem, na loja da Apple na Quinta Avenida, em Nova York, a movimentação era grande, com várias redes de televisão e alguns consumidores que já estavam na fila para serem os primeiros a comprarem o novo modelo do iPhone, que começa a ser vendido no varejo no dia 19 e em pré-ordem a partir de sexta-feira.

No pré-mercado, o papel da empresa da Califórnia subia 0,30%. Os analistas destacam, porém, que historicamente, as ações da empresa costumam ter volatilidade nos dias próximos a lançamentos importantes.

Os novos produtos da Apple influenciam outros papéis em Wall Street nesta quarta-feira. A ação da GT Advanced Technologies despencava 8,57% no pré-mercado.

A razão é que a Apple decidiu não usar a tela de safira fabricada pela companhia, como vinha sendo noticiado pela imprensa especializada.

O papel da eBay recuava 1,37%. A empresa tem o sistema de pagamento PayPal, que pode ser afetado negativamente pelo anúncio do Apple Pay.

Ainda no mundo corporativo, a Microsoft estaria negociando a compra da fabricante de jogos Mojang AB, da Suécia, famosa pelo jogo "Minecraft" e sua ação subia 0,31% no pré-mercado. Segundo o Times, a operação pode chegar a US$ 2 bilhões.

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