Exame Logo

Provisões para perdas no Petros cresceram 112% em 2013

As provisões atingiram R$ 525 milhões

Banco BVA: somente no BVA o Petros aplicou R$ 1 bilhão, boa parte diretamente em fundos de investimentos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 08h45.

São Paulo - As provisões para perdas em investimentos cresceram 112% no ano passado no fundo Petros , segundo relatório do conselho fiscal sobre as contas do fundo, e atingiram R$ 525 milhões.

O fundo não especifica que perdas está considerando, mas em 2013 teve problemas com o banco BVA, em liquidação financeira, e o fundo de investimentos em títulos de crédito Trendbank.

Somente no BVA o Petros aplicou R$ 1 bilhão, boa parte diretamente em fundos de investimentos , que estão agora renegociando as dívidas. Pelo BVA, o fundo também aplicou em Cédulas de Crédito Bancário (CCB), cujo pagamento está cobrando na Justiça.

Uma delas é contra a empresa Vidax Teleserviços (Providax) em que o fundo alega ter R$ 100 milhões a receber.

A empresa diz, entretanto, no processo judicial, que não recebeu metade do valor e por isso teria fechado as portas em 2012, ou seja, não teria nem como pagar a outra metade.

Outro empréstimo, no valor de R$ 51 milhões, está sendo cobrado da V55 Empreendimentos, ligada diretamente ao ex-presidente do BVA, Ivo Lodo. Essas ações começaram a tramitar no início do ano passado.

No fim do ano, foi a vez de o fundo de crédito da factoring Trendbank apresentar uma elevada inadimplência. Até março, 85% da carteira está inadimplente, segundo balanço do fundo.


Uma auditoria realizada no início deste ano mostra que a carteira contém uma série de notas frias de empresas laranjas ligadas ao esquema Deltaduto e ao doleiro Alberto Yousseff.

O histórico de perdas do fundo com títulos de crédito, em que o Petros compra diretamente o risco das empresas, já vem de anos anteriores.

Um deles foi a compra de uma cédula de crédito da Cebel, empresa dona da Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, que fica em Rondônia e teve sua represa destruída em 2008.

O fundo emprestou, em valores atualizados, mais de R$ 150 milhões e até hoje tenta executar a dívida na Justiça.

De acordo com o balanço anual de 2012, o fundo também tinha crédito contra algumas empresas do Grupo Rede que sofreram intervenção e depois passaram por um processo de recuperação judicial. Ao todo, as cédulas de crédito somavam cerca de R$ 50 milhões.

Apesar do valor das provisões feitas pelo Petros ser pequeno em relação ao total do seu patrimônio investido, de R$ 66 bilhões, é significativo se levados em conta os valores totais aplicados em títulos de crédito.

No total, em 2012, foi R$ 1,8 bilhão e outros R$ 170 milhões em fundos de crédito.

Os números de 2013 da instituição serão oficialmente divulgados amanhã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - As provisões para perdas em investimentos cresceram 112% no ano passado no fundo Petros , segundo relatório do conselho fiscal sobre as contas do fundo, e atingiram R$ 525 milhões.

O fundo não especifica que perdas está considerando, mas em 2013 teve problemas com o banco BVA, em liquidação financeira, e o fundo de investimentos em títulos de crédito Trendbank.

Somente no BVA o Petros aplicou R$ 1 bilhão, boa parte diretamente em fundos de investimentos , que estão agora renegociando as dívidas. Pelo BVA, o fundo também aplicou em Cédulas de Crédito Bancário (CCB), cujo pagamento está cobrando na Justiça.

Uma delas é contra a empresa Vidax Teleserviços (Providax) em que o fundo alega ter R$ 100 milhões a receber.

A empresa diz, entretanto, no processo judicial, que não recebeu metade do valor e por isso teria fechado as portas em 2012, ou seja, não teria nem como pagar a outra metade.

Outro empréstimo, no valor de R$ 51 milhões, está sendo cobrado da V55 Empreendimentos, ligada diretamente ao ex-presidente do BVA, Ivo Lodo. Essas ações começaram a tramitar no início do ano passado.

No fim do ano, foi a vez de o fundo de crédito da factoring Trendbank apresentar uma elevada inadimplência. Até março, 85% da carteira está inadimplente, segundo balanço do fundo.


Uma auditoria realizada no início deste ano mostra que a carteira contém uma série de notas frias de empresas laranjas ligadas ao esquema Deltaduto e ao doleiro Alberto Yousseff.

O histórico de perdas do fundo com títulos de crédito, em que o Petros compra diretamente o risco das empresas, já vem de anos anteriores.

Um deles foi a compra de uma cédula de crédito da Cebel, empresa dona da Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, que fica em Rondônia e teve sua represa destruída em 2008.

O fundo emprestou, em valores atualizados, mais de R$ 150 milhões e até hoje tenta executar a dívida na Justiça.

De acordo com o balanço anual de 2012, o fundo também tinha crédito contra algumas empresas do Grupo Rede que sofreram intervenção e depois passaram por um processo de recuperação judicial. Ao todo, as cédulas de crédito somavam cerca de R$ 50 milhões.

Apesar do valor das provisões feitas pelo Petros ser pequeno em relação ao total do seu patrimônio investido, de R$ 66 bilhões, é significativo se levados em conta os valores totais aplicados em títulos de crédito.

No total, em 2012, foi R$ 1,8 bilhão e outros R$ 170 milhões em fundos de crédito.

Os números de 2013 da instituição serão oficialmente divulgados amanhã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCréditoFundos de investimentoFundos de pensãoMercado financeiroPetros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame