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Projeção de Selic maior em 2013 faz juro longo subir

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava em 9,50%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 indicava 9,98%

Na abertura, o Ibovespa cede 0,20%, aos 59.683,39 pontos (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Na abertura, o Ibovespa cede 0,20%, aos 59.683,39 pontos (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 16h41.

São Paulo - O mercado de juros futuros começou o dia apreensivo com a situação europeia, além de repercutir as declarações do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, reforçando a chance de continuidade do "afrouxamento monetário" no País. Durante a tarde, porém, a devolução dos prêmios foi aplacada. As taxas dos contratos curtos terminaram de lado, enquanto os longos tiveram pequena alta. Esse movimento foi atribuído à percepção de que a Selic seguirá em queda, mas que o processo de reversão será relativamente forte, como apontou hoje a pesquisa Focus, onde as perspectivas para a taxa básica em 2013 já foram revisadas para cima.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (124.305 contratos) estava em 9,50%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (108.415 contratos) indicava 9,98%, de 9,95% na sexta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017 (20.590 contratos) subia para 10,93%, de 10,84% no fechamento anterior, e o DI janeiro de 2021 (1.670 contratos) avançava para 11,37%, de 11,27% no ajuste.

O Focus mostra que a expectativa dos analistas é de que a taxa básica de juros chegue a 9,50% ao ano na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana anterior, a estimativa era chegar em 9,63% ao ano em abril, o que mostrava um mercado dividido em relação ao ritmo de queda da Selic. A previsão para a taxa básica de juros no fim de 2013, no entanto, subiu de 10,38% ao ano para 10,75% ao ano.

Lá fora, segue o impasse sobre a renegociação da dívida grega. Até agora, não há um resultado sobre a reunião do governo com os credores privados. No entanto, segundo o ministro de Reformas do Setor Público da Grécia, Dimitris Reppas, o governo aceitou demitir 15 mil funcionários públicos neste ano, acatando uma das exigências dos credores. O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, se encontra ainda hoje com os representantes da troica, justamente para debater o pacote de ajuda.

As preocupações, no entanto, já vão para além da Grécia. Os investidores temem que, com ou sem acordo no país helênico, Portugal também precisará renegociar sua dívida. Mas, o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, reiterou hoje que o país cumprirá todas as suas obrigações financeiras.

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