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Prévia do PIB, discussão sobre emendas e palestra de Campos Neto: o que move o mercado

O mercado local acompanha um possível aumento da tensão entre Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF)

Radar: STF e Congresso estão nos holofotes do mercado local (Antonio Augusto/SCO/STF/Flickr)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 08h46.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta sexta-feira, 16.Ontem, uma série de indicadores sólidos dos Estados Unidos afastaram o temor de recessão, mas mantiveram as expectativas que o início do ciclo de corte de juros comece em setembro. Com isso, as bolsas internacionais passaram por um rali, com os índices de NY avançando fortemente pelo terceiro pregão seguido. Por aqui, o Ibovespa atingiu recordes históricos no intraday e fechou acima dos 134 mil pontos. Na esteira do otimismo, as bolsas da Ásia também fecharam com altas robustas. Já em um possível movimento de correção, as bolsas da Europa operam mistas, enquanto os índices futuros dos EUA caem.

Prévia do PIB e IGP-10

Por aqui, na agenda de divulgadores econômicos, teremos a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Brasil) de junho às 9h. O índice é conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e serve como um termômetro da economia. O consenso dos analistas ouvidos pela LSEG aponta para um avanço mensal de 0,50%.

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Antes, às 8h, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) publicou o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), uma métrica de inflação que calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Em agosto, o índice acelerou para 0,72%, após alta de 0,45% em julho. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses. Em agosto do ano anterior, o índice caiu 0,13% no mês e acumulava deflação de 7,37% em 12 meses. O dado mensal veio acima do consenso LSEG de analistas, que estimavam uma variação de 0,35% no mês.

Emendas

O mercado local acompanha um possível aumento da tensão entre Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). Na madrugada desta sexta-feira, o presidente do STF, Roberto Barroso, negou o pedido do Congresso para derrubar a decisão do ministro Flávio Dino, que suspendeu a execução das emendas impositivas até que o Congresso dê transparência aos repasses. A Corte se reúne para julgar o pedido em plenário virtual que acaba às 23h59 de hoje. Logo após a abertura do plenário, Dino, que é o relator, deu seu voto, e além de Barroso, os ministros André Mendonça, Edson Fachin e Cristiano Zanin também o acompanharam - fazendo o placar ficar 4 a 0 neste sentido.

Agenda

De olho nas agendas de executivos do BC, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, profere palestra em evento promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo, às 10h. O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, e o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, participam de reunião trimestral com economistas em São Paulo, às 9h30. Já o diretor de Regulação, Otavio Ribeiro Damaso, também faz palestra às 16h.

Já na política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem reunião com o CEO da Suzano, às 10h, e representantes de setores industriais. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), participa de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), às 9h30. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cumpre agenda no Rio Grande do Sul e concede entrevista à Rádio Gaúcha, às 8h.

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