Premiê grego diz que pior passou, mas pede apoio às medidas
ATENAS (Reuters) - A pior fase da crise financeira da Grécia já passou, mas o endividado país precisa atacar o nepotismo e reduzir o desperdício de gastos para se tornar uma nação forte, disse o primeiro-ministro grego, George Papandreou. Seu governo introduziu medidas austeras e conquistou uma rede de segurança financeira dos líderes da zona […]
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2010 às 14h23.
ATENAS (Reuters) - A pior fase da crise financeira da Grécia já passou, mas o endividado país precisa atacar o nepotismo e reduzir o desperdício de gastos para se tornar uma nação forte, disse o primeiro-ministro grego, George Papandreou.
Seu governo introduziu medidas austeras e conquistou uma rede de segurança financeira dos líderes da zona do euro para ajudá-lo a superar a crise financeira, mas continua a enfrentar custos de empréstimos maiores do que o dobro do prêmio exigido por papéis alemães.
"A credibilidade da Grécia voltou. Claro que essas são mudanças de curto prazo. Temos que fazer mudanças mais profundas, e é isso que estamos fazendo," disse Papandreou ao Time Magazine, de acordo com a transcrição da entrevista enviada à Reuters.
Pela primeira vez desde outubro que Papandreou disse que o auge da crise tinha passado. Naquele mês, sua administração socialista assumiu o poder e revelou que o déficit orçamentário era mais do que o dobro do que anunciado anteriormente.
"Acho que o pior da crise já passou, quer dizer, o auge da crise. Mas ainda há muito trabalho a ser feito, um trabalho difícil", disse Papandreou. A revista Time publicou trechos da entrevista na sua edição de 12 de abril.
Papandreou disse que o país de 11 milhões de habitantes precisa lutar contra a corrupção e descentralizar a administração, para se afastar de um sistema sujeito a abusos, onde funcionários públicos distribuíam favores baseados em ligações pessoais.
"A dor persiste porque os cortes, cortes de salários, as medidas econômicas estão aí e as pessoas sentirão isso nos próximos anos", disse Papandreou. "Mas se fizermos o que precisa ser feito sairemos desta situação fortalecidos e muito mais bem-sucedidos. E é isso que eu espero - e acredito - que conseguiremos fazer."
(Reportagem de Angeliki Koutantou)