Preço do petróleo deve seguir elevado, diz UBS após embargo da UE
Commodity é negociada próxima de maior patamar em uma década; analistas projetam queda de produção da Rússia
Guilherme Guilherme
Publicado em 31 de maio de 2022 às 15h09.
Última atualização em 31 de maio de 2022 às 15h25.
Analistas do UBS não esperam que o preço do petróleo arrefeça tão cedo, após a União Europeia chegar a um acordo sobre uma nova rodada de sanções à Rússia.
O preço do barril saltou para acima de US$ 123 nesta terça-feira, 31, com expectativas de que o embargo europeu ao petróleo russo aperte a já restrita oferta global.
Notícias sobre retaliações à Rússia e reabertura da China, segundo o banco suíço, podem ter efeitos adicionais sobre a alta do petróleo no curto prazo. "No médio e longo prazo, o subinvestimento na produção e a falta de flexibilidade na oferta devem manter o preço mais alto por mais tempo", afirmaram em relatório.
"Continuamos recomendando commodities e ações relacionadas à energia como um hedge de portfólio eficaz contra surpresas geopolíticas e de inflação."
A projeção de analistas do UBS é de que as novas restrições da Europa levem ao declínio da produção russa de petróleo, "apertando ainda mais o mercado de diesel".
"As sanções sobre o seguro de transporte, que devem ser incluídas, ainda podem desafiar os esforços russos para redirecionar os volumes nos próximos meses. Até agora, a Rússia conseguiu redirecionar as exportações de petróleo bruto, principalmente para a Ásia: a Índia aumentou as compras de petróleo russo em oito vezes e a China também aumentou as importações", disse o UBS em relatório.
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