São Paulo - A alta correlação entre o preço do minério de ferro e o Ibovespa em dólares acende um sinal amarelo para a Bolsa brasileira no médio prazo, segundo o banco Credit Suisse.
Um estudo feito pela instituição mostrou que o coeficiente de correlação entre ambos ultrapassou 0.9 em 2016 ---o que significa que a correlação é muito forte.
"Essa correlação persistiu até agora, mesmo com o cenário de turbulência política", disse o analista Andrew Campbell. "Acreditamos que alguns investidores subestimaram o rali em 2016 nos preços do minério como um 'driver' para o Ibovespa."
Segundo o analista, nos últimos dez anos a correlação entre o preço do minério de ferro e o Ibovespa em dólares era de 0.84.
Essa relação diferencia o Brasil de outros mercados na América Latina, que são muito mais próximos a outras commodities, como o petróleo (México e Colômbia) e o cobre (Chile e Peru).
Em 2016, os preços do minério de ferro subiram cerca de 44%, para US$ 63 por tonelada. Já o Ibovespa chegou a avançar 36% em dólares no mesmo período.
"Enquanto nosso time de metais e mineração acredita que os preços do minério devem manter a tendência de alta no curto prazo, vemos um potencial sinal amarelo no médio prazo, uma vez que é esperada uma correção substancial nos preços até o fim do ano", afirmou Campbell.
Na avaliação dele, quatro fatores importantes explicam a alta correlação entre o preço do minério e o Ibovespa em dólares.
São eles a influência das exportações de minério na apreciação/depreciação do real, a dependência da China, a importância das exportações para o PIB (Produto Interno Bruto) e o peso das empresas de commodities no Ibovespa.
Um remédio para reduzir a correlação, segundo Campbell, seria um "significativo progresso na política fiscal brasileira, o que se traduziria em uma contração dos rendimentos dos títulos públicos."
"Isso seria necessário para atingirmos o cenário ideal de 60 mil pontos [do Ibovespa]", completou.
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1. Bolso cheio
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São Paulo - As 30
ações desta lista têm os melhores dividend yields (razão do total de
dividendos e juros sobre capital próprio pagos pelo preço do papel) do
Ibovespa nos últimos 12 meses. Os dividend yields são importantes, mas não devem ser a única referência na hora de escolher ações. O potencial de crescimento da geração de caixa, por exemplo, mostra a saúde financeira da empresa e se ela vai conseguir manter a boa remuneração dos acionistas no futuro. Navegue pelas fotos e veja o levantamento feito pela consultoria
Economática a pedido de
EXAME.com. A lista tem os quatro maiores bancos de capital aberto do país, além de companhias dos setores de consumo, energia, entre outros.
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2. Cesp (CESP6)
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2/32 (Marcos Issa/Bloomberg News)
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3. Santander Brasil (SANB11)
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3/32 (Thinkstock/Oliver Hoffmann)
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4. Braskem (BRKM5)
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4/32 (Divulgação)
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5. Bradespar (BRAP4)
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5/32 (Reprodução)
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6. Fibria (FIBR3)
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6/32 (Ricardo Teles/Fibria)
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7. Qualicorp (QUAL3)
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7/32 (BrianAJackson/Thinkstock)
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8. Banco do Brasil (BBAS3)
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8/32 (Pilar Olivares/REUTERS)
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9. EDP - Energias do Brasil (ENBR3)
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9/32 (Divulgação)
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10. BM&FBovespa (BVMF3)
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10/32 (.)
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11. Hering (HGTX3)
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11/32 (Divulgação/Hering)
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12. Cetip (CTIP3)
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12/32 (Reprodução)
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13. CCR (CCRO3)
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13/32 (Valéria Gonçalves/EXAME.com)
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14. BB Seguridade (BBSE3)
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14/32 (Bovespa)
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15. Cosan (CSAN3)
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15/32 (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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16. Itaúsa (ITSA4)
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16/32 (Reprodução/Itaúsa)
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17. Ecorodovias (ECOR3)
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17/32 (Divulgação)
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18. MRV (MRVE3)
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18/32 (Divulgação)
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19. Cemig (CMIG4)
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19/32 (Divulgação)
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20. Itaú Unibanco (ITUB4)
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20/32 (Sergio Moraes / Reuters)
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21. Bradesco (BBDC4)
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21/32 (Bloomberg News/Pedro Lobo)
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22. Bradesco (BBDC3)
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22/32 (Paulo Whitaker/Reuters)
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23. Tractebel (TBLE3)
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23/32 (Adriano Machado/Bloomberg)
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24. TIM (TIMP3)
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24/32 (Divulgação/TIM)
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25. Telefônica Brasil - Vivo (VIVT3)
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25/32 (Getty Images)
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26. Cyrela (CYRE3)
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26/32 (ANTONIO MILENA /EXAME.com)
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27. Equatorial Energia (EQTL3)
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27/32 (Reuters/Ina Fassbender)
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28. Natura (NATU3)
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28/32 (Divulgação)
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29. Ambev (ABEV3)
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29/32 (Mark Hillary/ Flickr/ Creative Commons)
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30. Copel (CPLE6)
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30/32 (Divulgação)
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31. BR Malls (BRML3)
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31/32 (Divulgação)
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32. Veja agora 15 frases (sinceras) para entender o mercado financeiro
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