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Possível referendo na Grécia devolve incerteza a Wall Street

O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 2,48 por cento, para 11.657 pontos

O rápido declínio ocorre após as ações terem se recuperado e encerrado seu melhor mês em 20 anos em outubro (Getty Images)

O rápido declínio ocorre após as ações terem se recuperado e encerrado seu melhor mês em 20 anos em outubro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 18h22.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações norte-americano registraram forte queda nesta terça-feira, após investidores serem pegos de surpresa por uma convocação de referendo na Grécia sobre o plano de resgate da União Europeia (UE), lançando dúvidas sobre a sustentabilidade do recente rali do mercado.

O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 2,48 por cento, para 11.657 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq cedeu 2,89 por cento, para 2.606 pontos. O índice Standard & Poor's 500 registrou baixa de 2,79 por cento, para 1.218 pontos.

O S&P 500 acumula desvalorização de mais de 5 por cento desde a véspera, em um comportamento que lembra as oscilações do mercado nos últimos dois meses e depois de investidores imaginarem que o pior da crise da dívida da zona do euro havia passado.

O rápido declínio ocorre após as ações terem se recuperado e encerrado seu melhor mês em 20 anos em outubro. Os ganhos do mês passado foram alimentados pela esperança de um possível acordo para resgatar a Grécia, finalmente fechado na cúpula da União Europeia (UE) na semana passada.

"O fato de que perdemos ganhos tão rápido, em dois dias, é muito preocupante", disse o analista da Brown Brothers Harriman Ari Wald.

"Parece mesmo é que muitos pessimistas se viram do lado errado, apesar do rali de outubro pela cobertura de posições vendidas", disse.

Analistas disseram que, se os eleitores gregos rejeitarem o impopular resgate em um referendo proposto pelo primeiro-ministro do país, George Papandreou, isso provavelmente resultaria em um sério default da Grécia, causando prejuízos maiores para os bancos e elevando a ameaça de risco sistêmico.

A notícia golpeou ações europeias, particularmente as de bancos da região, que recuaram 6 por cento. Os bancos dos EUA também foram duramente atingidos. Investidores temem que o Morgan Stanley tenha forte exposição a Europa, e sua ação caiu 8 por cento.

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