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Planner revê agentes autônomos e cria gestão de patrimônio

Corretoras Prosper e Planner dão toques finais em sua reestruturação um ano após anunciar acordo que uniu suas operações

Operadores do mercado financeiro: estratégia da corretora é oferecer o máximo de serviços para os clientes de renda mais alta (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 09h56.

São Paulo - Um ano após anunciar um acordo que uniu suas operações, as corretoras Prosper e Planner dão os toques finais em sua reestruturação e se preparam para uma maior diversificação de negócios.

Segundo Armênio Gaspar, presidente-executivo da hoje Planner Corretora, a estratégia é oferecer o máximo de serviços para os clientes de renda mais alta, em uma estrutura de negócio nova e na qual a corretagem terá uma parcela bem menos expressiva dos ganhos.

Entre as mudanças, a corretora promoveu uma ampla reestruturação na sua área de agentes autônomos, que foram dispensados ou tornaram-se funcionários da instituição. Gaspar lembra que os agentes ficavam em média com 50% das receitas de corretagem em cada operação dos clientes.

Enquanto isso, todo o custo era das corretoras, já que os profissionais trabalhavam na própria instituição e usavam sua infraestrutura. “Não dá para ficar como antes, dependendo de agentes autônomos, que ficavam com a maior parte dos ganhos da corretora”, afirma.

Além disso, a maioria não ia atrás de novos clientes, apenas esperava que as pessoas procurassem a corretora. “Esse modelo está ultrapassado, não funciona”, afirma o executivo. Por esse motivo, a Bovespa teria dado um prazo de dois anos para as corretoras acabem com o sistema de agentes autônomos que trabalham na própria instituição.

A Planner manteve e pretende ampliar, porém, os agentes que prestam serviços fora de São Paulo. Nesse caso, há vantagem para a instituição, mesmo com o pagamento de comissões, afirma Gaspar.


“Precisamos desses representantes para ampliar nossa clientela e chegar em outras praças importantes”, explica. A situação também é diferente, pois os agentes fora de São Paulo bancam suas estruturas.

Ao mesmo tempo, o foco da nova Planner devem ser os clientes de mais alta renda, que são os que trazem receita para a corretora, afirma Gaspar. “Hoje, 20% dos clientes respondem por 80% das receitas”, estima o executivo.

Para atender a essa clientela de uma maneira mais abrangente, a Planner passou a oferecer um serviço de gestão de patrimônio para investidores que tenham de R$ 100 mil a R$ 500 mil para investir.

“É um público que hoje está fora do radar dos bancos e dos family offices, que está sendo mal atendido, não encontra orientação nem muitas opções para o dinheiro”, diz o executivo.

Assim, foi criada uma equipe de profissionais para indicar para esses investidores uma carteira diversificada, com ativos imobiliários (como CRIs ou fundos imobiliários), previdência privada e seguros. E, na parte de ações, a proposta da Planner é oferecer opções diferenciadas, como papéis de empresas menores, as chamadas “small caps”.

A ideia é usar a estrutura de análise de empresas da corretora como um diferencial para o investidor. “Vamos ter relatórios de nossa área de análise indicando as melhores oportunidades, mas sempre com visão de longo prazo”, afirma Gaspar.

A corretora pretende também desenvolver sua área de gestão de recursos, oferecendo ainda fundos de terceiros. Com tudo isso, Gaspar espera que, depois do prejuízo no ano passado, por conta dos investimentos e dos gastos na reestruturação, a nova Planner consiga voltar ao azul já neste ano.

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São Paulo - Um ano após anunciar um acordo que uniu suas operações, as corretoras Prosper e Planner dão os toques finais em sua reestruturação e se preparam para uma maior diversificação de negócios.

Segundo Armênio Gaspar, presidente-executivo da hoje Planner Corretora, a estratégia é oferecer o máximo de serviços para os clientes de renda mais alta, em uma estrutura de negócio nova e na qual a corretagem terá uma parcela bem menos expressiva dos ganhos.

Entre as mudanças, a corretora promoveu uma ampla reestruturação na sua área de agentes autônomos, que foram dispensados ou tornaram-se funcionários da instituição. Gaspar lembra que os agentes ficavam em média com 50% das receitas de corretagem em cada operação dos clientes.

Enquanto isso, todo o custo era das corretoras, já que os profissionais trabalhavam na própria instituição e usavam sua infraestrutura. “Não dá para ficar como antes, dependendo de agentes autônomos, que ficavam com a maior parte dos ganhos da corretora”, afirma.

Além disso, a maioria não ia atrás de novos clientes, apenas esperava que as pessoas procurassem a corretora. “Esse modelo está ultrapassado, não funciona”, afirma o executivo. Por esse motivo, a Bovespa teria dado um prazo de dois anos para as corretoras acabem com o sistema de agentes autônomos que trabalham na própria instituição.

A Planner manteve e pretende ampliar, porém, os agentes que prestam serviços fora de São Paulo. Nesse caso, há vantagem para a instituição, mesmo com o pagamento de comissões, afirma Gaspar.


“Precisamos desses representantes para ampliar nossa clientela e chegar em outras praças importantes”, explica. A situação também é diferente, pois os agentes fora de São Paulo bancam suas estruturas.

Ao mesmo tempo, o foco da nova Planner devem ser os clientes de mais alta renda, que são os que trazem receita para a corretora, afirma Gaspar. “Hoje, 20% dos clientes respondem por 80% das receitas”, estima o executivo.

Para atender a essa clientela de uma maneira mais abrangente, a Planner passou a oferecer um serviço de gestão de patrimônio para investidores que tenham de R$ 100 mil a R$ 500 mil para investir.

“É um público que hoje está fora do radar dos bancos e dos family offices, que está sendo mal atendido, não encontra orientação nem muitas opções para o dinheiro”, diz o executivo.

Assim, foi criada uma equipe de profissionais para indicar para esses investidores uma carteira diversificada, com ativos imobiliários (como CRIs ou fundos imobiliários), previdência privada e seguros. E, na parte de ações, a proposta da Planner é oferecer opções diferenciadas, como papéis de empresas menores, as chamadas “small caps”.

A ideia é usar a estrutura de análise de empresas da corretora como um diferencial para o investidor. “Vamos ter relatórios de nossa área de análise indicando as melhores oportunidades, mas sempre com visão de longo prazo”, afirma Gaspar.

A corretora pretende também desenvolver sua área de gestão de recursos, oferecendo ainda fundos de terceiros. Com tudo isso, Gaspar espera que, depois do prejuízo no ano passado, por conta dos investimentos e dos gastos na reestruturação, a nova Planner consiga voltar ao azul já neste ano.

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