A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em novembro caiu para 7,57 por cento ontem (Gustavo Kahil/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 11h59.
São Paulo/Brasília - Os maiores bancos americanos estão rebaixando as projeções de crescimento para o Brasil, estimulando operadores a preverem que o Banco Central deverá ampliar a magnitude dos cortes da taxa básica de juros.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em novembro caiu para 7,57 por cento ontem, indicando que os operadores esperam que a Selic seja cortada em 0,75 ponto percentual, para um novo piso histórico de 7,25 por cento até lá. Em 6 de julho, as apostas eram de que o Comitê de Política Monetária cortaria os juros em mais 0,5 ponto percentual. A redução de meio ponto em 11 de julho elevou o total de cortes no ciclo atual a 4,5 pontos percentuais, o maior alívio monetário entre os países do Grupo dos 20.
JPMorgan Chase e Morgan Stanley reduziram suas projeções de crescimento para a maior economia da América Latina este ano para menos de 2 por cento este mês, menos de três semanas depois de estimativa similar do Credit Suisse Group AG, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de “piada”. Mantega diz que o País deve crescer mais do que os 2,7 por cento do ano passado com a queda dos juros e os estímulos fiscais ajudando a blindar a economia brasileira dos efeitos da crise da dívida europeia no segundo semestre.
“O mundo está fora de forma, os riscos externos são deflacionários e a recuperação está levando mais tempo do que o esperado”, disse Marcelo Salomon, economista-chefe para o Brasil no Barclays Plc em Nova York. “Existe um conjunto de fatores que podem nos levar a viver um maior ciclo de corte de juros.”