Por Cynthia Decloedt

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) atingiram a cotação máxima em um mês, puxados pela manutenção da interrupção de um importante oleoduto entre os campos de petróleo canadenses e as refinarias norte-americanas. Os contratos chegaram a marcar US$ 77,50 o barril durante o dia, a maior cotação desde 12 de agosto. Às 10h48 (horário de Brasília), o contrato futuro subia 1,31%, para US$ 77,47 o barril. Em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo brent subia 0,96%, para US$ 78,91 o barril. Os preços são sustentados ainda pela queda do dólar.

Os preços do petróleo dispararam 3,8% desde que a companhia Enbridge Energy Partners LP fechou o oleoduto 6A no fim da quinta-feira, após descobrir um vazamento em Illinois. O oleoduto transporta 670 mil barris ao dia e é a principal ligação entre a região produtora canadense e as refinarias norte-americanas do Meio-Oeste, respondendo por mais de 3% da demanda dos EUA.

A forte alta dos preços reflete a procura pelas refinarias no meio-oeste por substituição na opção de abastecimento, disseram operadores. Mas como os estoques de petróleo e combustíveis estão em níveis não vistos desde o início da década de 1980, o impacto da interrupção do oleoduto deve ser temporário. "Assim que a questão do vazamento for resolvida, acredito que teremos uma onda de vendas", previu o analista do Vantage Trading, Tim Jennings.

Hoje, a Enbridge disse em nota que a companhia drenou petróleo de uma parte do oleoduto 6A próximo ao vazamento. A empresa comunicou ainda que o oleoduto operava com dois terços de sua capacidade e que grande parte do petróleo pode ser reencaminhada para os clientes. As informações são da Dow Jones.