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Petróleo opera volátil, com possível corte na produção

Às 10h48 (de Brasília), o petróleo para março subia 0,34%, a US$ 32,41 por barril, na Nymex


	Petróleo: às 10h48 (de Brasília), o petróleo para março subia 0,34%, a US$ 32,41 por barril, na Nymex
 (Getty Images)

Petróleo: às 10h48 (de Brasília), o petróleo para março subia 0,34%, a US$ 32,41 por barril, na Nymex (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 11h41.

São Paulo - Os preços do petróleo operam com volatilidade nesta quinta-feira, embora o viés que permanece é o de alta diante da renovada especulação de que os produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão abertos a fazer um acordo para reduzir a produção e, assim, combater o excesso de oferta que tem pressionado os preços da commodity há mais de um ano.

Ontem, a agência de notícias russa Tass informou que a Rússia, a Arábia Saudita e a Opep querem discutir redução na produção de petróleo. Segundo o presidente da estatal que tem o monopólio de oleodutos na Rússia, Transneft, a iniciativa de discutir uma possível redução foi feita pela Arábia Saudita, de acordo com a agência.

No entanto, informações desencontradas têm dificultado uma recuperação mais consistente da matéria-prima.

A Rússia informou hoje que tem conversado ativamente sobre a instabilidade dos mercados com os sauditas e com a Opep, mas que, por enquanto, as conversas ainda não chegaram a uma conclusão e que ainda não possuem plano concretos de cortar a sua produção de forma coordenada com os outros países.

Em seguida, o Ministro de Energia da Rússia disse que o país está pronto para se reunir com a Opep em fevereiro para uma potencial coordenação de corte na produção de petróleo.

Muitos analistas têm afirmado que é improvável que a Opep reduza a produção por causa de suas preocupações sobre a perda de participação no mercado, uma vez que os preços mais elevados permitem que os produtores de óleo de xisto dos EUA perfurem mais poços, mantendo o mercado com excesso de oferta, aponta Richard Mallinson, analista de petróleo.

Outro fator que tem deixado o petróleo volátil é a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que ontem manteve a taxa de juros básicos entre 0,25% e 0,50%.

Com isso, o dólar se enfraqueceu e contribuiu para o aumento da procura pela commodity, que é negociada na moeda norte-americana.

Por outro lado, o Fed não descartou uma elevação de juros em março, mesmo ao sinalizar preocupação com a perspectiva econômica global, o que pesa nas perspectivas sobre a demanda pela matéria-prima.

A alta do petróleo é sustentada também pelos dados do Departamento de Energia dos EUA (DoE) que foram divulgados ontem e mostraram que os estoques no país cresceram 8,4 milhões na semana encerrada em 22 de janeiro, abaixo dos dados da American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) que mostrou aumento de 11,4 milhões.

Além disso, alguns analistas têm apontado este salto como uma manutenção sazonal das refinarias, ao invés de uma redução da demanda global.

Às 10h48 (de Brasília), o petróleo para março subia 0,34%, a US$ 32,41 por barril, na Nymex, enquanto o Petróleo Brent para março avança 1,27%, a US$ 33,52 por barril, na ICE.

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