Petróleo opera em cenário de excesso de oferta
Os futuros de petróleo iniciaram a semana no vermelho nesta segunda-feira, mas o contrato reagiu um pouco em Londres, mostrando leve alta
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2015 às 08h17.
Londres - Os futuros de petróleo iniciaram a semana no vermelho nesta segunda-feira, mas o contrato reagiu um pouco em Londres, mostrando leve alta.
Às 7h45 (de Brasília), o petróleo para setembro caía 0,96%, a US$ 42,09 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o petróleo Brent para outubro subia 0,20%, a US$49,29 o barril na plataforma ICE, em Londres.
Na sexta-feira, a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços em campos de petróleo, informou que o número de poços e plataformas em funcionamento nos EUA subiu pela quarta semana consecutiva. Isso gerou mais temores de que o cenário de excesso de oferta da commodity demore para ser revertido.
"Nós temos preocupações sobre os fundamentos e os preços do petróleo para o segundo semestre de 2015 e para 2016", afirmaram os analistas do Morgan Stanley em relatório. "Como resultado, nós vemos o Brent operando dentro de uma faixa delimitada", disseram eles.
A contagem de poços e plataformas nos EUA, um indicativo da atividade no setor, subiu na semana passada para 672.
O número ainda é 60% menor que o pico de 1.609 de outubro, mas as altas recentes mostram que os produtores de xisto norte-americanos melhoraram a eficiência e conseguem produzir em mais poços mesmo com os atuais preços mais baixos.
Ainda que dados oficiais sugiram que a produção de petróleo dos EUA tenha atingido um pico em março, ela está próxima de máximas em várias décadas, em cerca de 9,5 milhões de barris diários.
Enquanto isso, outros importantes produtores pelo mundo continuam a bombear petróleo em nível recorde. A produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu a máxima em três anos no mês passado.
"A perspectiva para os fundamentos piorou, já que a Opep produz em níveis sem restrições", afirmou o analista Jason Gammel, da Jefferies, em nota a clientes. Segundo ele, deve ocorrer uma correção no mercado, mas haverá excesso de oferta até o quarto trimestre do próximo ano.
Gammel disse que a oferta de fora da Opep também deve seguir forte neste ano, em grande medida devido aos investimentos feitos em anos anteriores.
No próximo ano, porém, os preços baixos terão prejudicado a produção de fora do cartel, que na avaliação do analista deve cair em 300 mil barris ao dia ao longo de 2016.
Em 2015, a produção de fora da Opep deve aumentar em 200 mil barris diários, previu. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - Os futuros de petróleo iniciaram a semana no vermelho nesta segunda-feira, mas o contrato reagiu um pouco em Londres, mostrando leve alta.
Às 7h45 (de Brasília), o petróleo para setembro caía 0,96%, a US$ 42,09 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o petróleo Brent para outubro subia 0,20%, a US$49,29 o barril na plataforma ICE, em Londres.
Na sexta-feira, a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços em campos de petróleo, informou que o número de poços e plataformas em funcionamento nos EUA subiu pela quarta semana consecutiva. Isso gerou mais temores de que o cenário de excesso de oferta da commodity demore para ser revertido.
"Nós temos preocupações sobre os fundamentos e os preços do petróleo para o segundo semestre de 2015 e para 2016", afirmaram os analistas do Morgan Stanley em relatório. "Como resultado, nós vemos o Brent operando dentro de uma faixa delimitada", disseram eles.
A contagem de poços e plataformas nos EUA, um indicativo da atividade no setor, subiu na semana passada para 672.
O número ainda é 60% menor que o pico de 1.609 de outubro, mas as altas recentes mostram que os produtores de xisto norte-americanos melhoraram a eficiência e conseguem produzir em mais poços mesmo com os atuais preços mais baixos.
Ainda que dados oficiais sugiram que a produção de petróleo dos EUA tenha atingido um pico em março, ela está próxima de máximas em várias décadas, em cerca de 9,5 milhões de barris diários.
Enquanto isso, outros importantes produtores pelo mundo continuam a bombear petróleo em nível recorde. A produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu a máxima em três anos no mês passado.
"A perspectiva para os fundamentos piorou, já que a Opep produz em níveis sem restrições", afirmou o analista Jason Gammel, da Jefferies, em nota a clientes. Segundo ele, deve ocorrer uma correção no mercado, mas haverá excesso de oferta até o quarto trimestre do próximo ano.
Gammel disse que a oferta de fora da Opep também deve seguir forte neste ano, em grande medida devido aos investimentos feitos em anos anteriores.
No próximo ano, porém, os preços baixos terão prejudicado a produção de fora do cartel, que na avaliação do analista deve cair em 300 mil barris ao dia ao longo de 2016.
Em 2015, a produção de fora da Opep deve aumentar em 200 mil barris diários, previu. Fonte: Dow Jones Newswires.