Petróleo opera em queda, repercutindo fundamentos negativos
Os contratos futuros iniciaram a semana em terreno negativo
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 07h43.
Londres - Os contratos futuros de petróleo iniciaram a semana em terreno negativo, seguindo considerações de analistas de que o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado internacional pode estar longe do fim.
A queda nesta segunda-feira reverte parte do alento ocasionado pela divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) na sexta-feira.
O documento sinalizou que produtores estão sendo impactados pelos baixos preços, o que contribui para reduzir a oferta, enquanto aponta para um crescimento maior da demanda no curto prazo. Com isso, a commodity teve margem para ensaiar uma recuperação.
Nesta segunda-feira, contudo, os investidores ponderam que um equilíbrio no mercado de petróleo ainda não está perto o suficiente para sustentar os preços nos contratos futuros.
"Apesar de uma queda de 60% nos preços do petróleo desde a metade de 2014, os ganhos no mercado de petróleo permanecem fracos, com as perspectivas de uma recuperação turvas até os últimos meses de 2015", afirmam economistas do banco Barclays em comunicado a clientes.
Os analistas do JP Morgan também não apostam numa recuperação do petróleo no curto prazo. Pelo contrário, os economistas preveem que os preços da commodity só voltem a US$ 90 por barril em 2019, e cortaram suas previsões de curto prazo.
Em 2015, eles estimam que o barril do Brent deve ficar em torno de US$ 49, enquanto em 2016 deve estar cotado a US$ 56,80.
"Observamos um excesso de oferta de petróleo significativo, com risco de que o Brent caia abaixo de US$ 40 por barril no curto prazo, caso o mercado não seja capaz de acomodar um excedente de 1,6 milhão de barris por dia
Além disso, o mercado está de olho no encontro de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) desta semana. Especula-se que a autoridade monetária da zona do euro pode anunciar um pacote de estímulos com a compra de títulos corporativos para estimular a economia e evitar a deflação.
Isso implica uma nova desvalorização do euro, o que pode pesar sobre os contratos de petróleo, denominados em dólar.
Às 8h01 (de Brasília), o Brent para março caía 1,77%, a US$ 49,28 por barril. Na Nymex, o petróleo para fevereiro recuava 1,73%, a US$ 47,85 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - Os contratos futuros de petróleo iniciaram a semana em terreno negativo, seguindo considerações de analistas de que o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado internacional pode estar longe do fim.
A queda nesta segunda-feira reverte parte do alento ocasionado pela divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) na sexta-feira.
O documento sinalizou que produtores estão sendo impactados pelos baixos preços, o que contribui para reduzir a oferta, enquanto aponta para um crescimento maior da demanda no curto prazo. Com isso, a commodity teve margem para ensaiar uma recuperação.
Nesta segunda-feira, contudo, os investidores ponderam que um equilíbrio no mercado de petróleo ainda não está perto o suficiente para sustentar os preços nos contratos futuros.
"Apesar de uma queda de 60% nos preços do petróleo desde a metade de 2014, os ganhos no mercado de petróleo permanecem fracos, com as perspectivas de uma recuperação turvas até os últimos meses de 2015", afirmam economistas do banco Barclays em comunicado a clientes.
Os analistas do JP Morgan também não apostam numa recuperação do petróleo no curto prazo. Pelo contrário, os economistas preveem que os preços da commodity só voltem a US$ 90 por barril em 2019, e cortaram suas previsões de curto prazo.
Em 2015, eles estimam que o barril do Brent deve ficar em torno de US$ 49, enquanto em 2016 deve estar cotado a US$ 56,80.
"Observamos um excesso de oferta de petróleo significativo, com risco de que o Brent caia abaixo de US$ 40 por barril no curto prazo, caso o mercado não seja capaz de acomodar um excedente de 1,6 milhão de barris por dia
Além disso, o mercado está de olho no encontro de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) desta semana. Especula-se que a autoridade monetária da zona do euro pode anunciar um pacote de estímulos com a compra de títulos corporativos para estimular a economia e evitar a deflação.
Isso implica uma nova desvalorização do euro, o que pode pesar sobre os contratos de petróleo, denominados em dólar.
Às 8h01 (de Brasília), o Brent para março caía 1,77%, a US$ 49,28 por barril. Na Nymex, o petróleo para fevereiro recuava 1,73%, a US$ 47,85 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.