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Petróleo opera em queda, com receio de excesso de oferta

Às 7h55 (de Brasília), o Brent para maio caía 2,38%, a US$ 38,59 o barril, na ICE

Barris de petróleo: às 7h55 (de Brasília), o Brent para maio caía 2,38%, a US$ 38,59 o barril, na ICE (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 09h11.

Londres - Os preços do petróleo recuam na manhã desta terça-feira, com o mercado novamente reagindo a preocupações sobre o excesso de oferta.

Às 7h55 (de Brasília), o Brent para maio caía 2,38%, a US$ 38,59 o barril, na ICE. O petróleo WTI para abril recuava 2,42%, a US$ 36,28 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Após mais de um mês de ganhos, nesta semana o petróleo voltou a mostrar tendência negativa. Analista-chefe de commodities da SEB Markets, Bjarne Schieldrop disse que havia no mercado muita especulação nos contratos do Brent, porém agora alguns dos elementos que suportavam os preços perdem força.

Entre os fatores que contribuíram para a alta recente estão as negociações para um congelamento da produção de grandes nomes do setor, como Rússia e Arábia Saudita, lembra o analista.

Outra notícia que contribuiu para apoiar as cotações foi o fechamento de um oleoduto no Iraque. O oleoduto Ceyhan, no Curdistão iraquiano, fechou em meados de fevereiro após um ataque, mas deve voltar a operar em breve e transportar cerca de 600 mil barris por dia para a Turquia, segundo o governo regional do Curdistão iraquiano.

Além disso, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não conseguem chegar a um acordo sobre questões cruciais para um eventual acordo para congelar a produção.

Os países não conseguem nem mesmo atingir um consenso sobre quando e onde a questão deve ser discutida.

A preocupação com o excesso de oferta no mercado de petróleo foi reiterada nesta segunda-feira, com a divulgação do relatório de março da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A projeção da própria Opep para a demanda pelo seu petróleo neste ano foi reduzida em 90 mil barris por dia, para 31,52 milhões de barris por dia. Ainda assim, o cenário continua a ser de excesso de oferta.

O governo do Irã, além disso, voltou ontem a rechaçar um congelamento na produção, no momento em que Teerã trabalha para aumentar sua oferta após se livrar de sanções internacionais.

Alguns analistas e operadores agora temem que a volatilidade possa voltar ao mercado, conforme os preços retornam para perto de US$ 35 o barril.

Os preços mais baixos podem levar às compras alguns operadores que reagem mais às notícias de cada dia que aos fundamentos do setor.

O mercado tornou-se menos volátil nas últimas semanas, com os preços na casa dos US$ 40 o barril. Caso a volatilidade volte, aqueles comprometidos com o mercado no prazo mais longo podem segurar posições, à espera de uma nova estabilização do mercado. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - Os preços do petróleo recuam na manhã desta terça-feira, com o mercado novamente reagindo a preocupações sobre o excesso de oferta.

Às 7h55 (de Brasília), o Brent para maio caía 2,38%, a US$ 38,59 o barril, na ICE. O petróleo WTI para abril recuava 2,42%, a US$ 36,28 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Após mais de um mês de ganhos, nesta semana o petróleo voltou a mostrar tendência negativa. Analista-chefe de commodities da SEB Markets, Bjarne Schieldrop disse que havia no mercado muita especulação nos contratos do Brent, porém agora alguns dos elementos que suportavam os preços perdem força.

Entre os fatores que contribuíram para a alta recente estão as negociações para um congelamento da produção de grandes nomes do setor, como Rússia e Arábia Saudita, lembra o analista.

Outra notícia que contribuiu para apoiar as cotações foi o fechamento de um oleoduto no Iraque. O oleoduto Ceyhan, no Curdistão iraquiano, fechou em meados de fevereiro após um ataque, mas deve voltar a operar em breve e transportar cerca de 600 mil barris por dia para a Turquia, segundo o governo regional do Curdistão iraquiano.

Além disso, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não conseguem chegar a um acordo sobre questões cruciais para um eventual acordo para congelar a produção.

Os países não conseguem nem mesmo atingir um consenso sobre quando e onde a questão deve ser discutida.

A preocupação com o excesso de oferta no mercado de petróleo foi reiterada nesta segunda-feira, com a divulgação do relatório de março da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A projeção da própria Opep para a demanda pelo seu petróleo neste ano foi reduzida em 90 mil barris por dia, para 31,52 milhões de barris por dia. Ainda assim, o cenário continua a ser de excesso de oferta.

O governo do Irã, além disso, voltou ontem a rechaçar um congelamento na produção, no momento em que Teerã trabalha para aumentar sua oferta após se livrar de sanções internacionais.

Alguns analistas e operadores agora temem que a volatilidade possa voltar ao mercado, conforme os preços retornam para perto de US$ 35 o barril.

Os preços mais baixos podem levar às compras alguns operadores que reagem mais às notícias de cada dia que aos fundamentos do setor.

O mercado tornou-se menos volátil nas últimas semanas, com os preços na casa dos US$ 40 o barril. Caso a volatilidade volte, aqueles comprometidos com o mercado no prazo mais longo podem segurar posições, à espera de uma nova estabilização do mercado. Fonte: Dow Jones Newswires.

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