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Petróleo cai, com esperança menor de corte na produção

Às 8h42 (de Brasília), o contrato de petróleo para março recuava 3,35%, a US$ 30,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

Cotação: às 8h42 (de Brasília), o contrato de petróleo para março recuava 3,35%, a US$ 30,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex) (David Mcnew/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 08h45.

Londres - Os preços do petróleo operam em queda na manhã desta terça-feira, diante da expectativa menor de que grandes produtores cortem a oferta, o que levou investidores a voltar seu foco para os fundamentos fracos nesse mercado.

Às 8h42 (de Brasília), o contrato de petróleo para março recuava 3,35%, a US$ 30,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para abril caía 3,30%, a US$ 33,11 o barril, na ICE.

A perspectiva de que a Rússia chegue a um acordo com grandes produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir a oferta é considerada improvável pela maioria dos observadores do mercado, com vários bancos e centros de pesquisa mostrando dúvidas sobre se isso acontecerá.

"A maioria das nações petrolíferas está sedenta por dinheiro e há incentivos para produzir mais, não menos, no momento em que os barris iranianos retornam ao mercado", afirmou Norbert Ruecker, diretor de pesquisa de commodities do banco suíço Julius Baer. "Sem sinais de um fim no excesso de oferta, os preços do petróleo devem permanecer num limbo no curtíssimo prazo."

A avaliação é apoiada pelos dados de produção da Rússia de janeiro, de 10,88 milhões de barris ao dia, entre outros números.

O centro de pesquisas Energy Aspects, sediado em Londres, disse em nota que as declarações recentes da Rússia de que apoiaria um corte na produção podem ser apenas uma maneira de Moscou usar a imprensa para tentar manobrar a Opep a mudar sua estratégia de lutar por fatia de mercado, não por uma alta no preço.

Após os ganhos da semana passada, o sentimento negativo voltou, em meio às preocupações sobre o excesso de oferta e a desaceleração de dados da indústria em potências econômicas como a China. O dado mais recente da indústria chinesa, que saiu na segunda-feira, mostrou o sexto mês seguido de contração em janeiro, o que aumenta as incertezas sobre o consumo da commodity neste país e pode pressionar mais os preços nesta semana.

Ainda assim, alguns analistas argumentam que os temores de desaceleração no consumo chinês poderiam ser excessivos. Eles avaliam que a demanda deve ser apoiada pelo setor industrial, conforme a economia chinesa se beneficia de um modelo mais orientado para o setor de serviços.

Economista-chefe do National Australia Bank, Alan Oster disse esperar que o setor de indústria e construção da China, que representa cerca de 50% da economia do país, cresça 8,5% neste ano. Além disso, ele avaliou que é necessário mais petróleo no setor de serviços, para transportes e fretes.

Oster acredita que a economia chinesa não deve desacelerar muito, mas não acredita que pode haver uma forte alta na demanda por commodities, incluindo o petróleo.

Às 19h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) divulga seu relatório semanal de estoques de petróleo nos EUA.

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Londres - Os preços do petróleo operam em queda na manhã desta terça-feira, diante da expectativa menor de que grandes produtores cortem a oferta, o que levou investidores a voltar seu foco para os fundamentos fracos nesse mercado.

Às 8h42 (de Brasília), o contrato de petróleo para março recuava 3,35%, a US$ 30,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para abril caía 3,30%, a US$ 33,11 o barril, na ICE.

A perspectiva de que a Rússia chegue a um acordo com grandes produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir a oferta é considerada improvável pela maioria dos observadores do mercado, com vários bancos e centros de pesquisa mostrando dúvidas sobre se isso acontecerá.

"A maioria das nações petrolíferas está sedenta por dinheiro e há incentivos para produzir mais, não menos, no momento em que os barris iranianos retornam ao mercado", afirmou Norbert Ruecker, diretor de pesquisa de commodities do banco suíço Julius Baer. "Sem sinais de um fim no excesso de oferta, os preços do petróleo devem permanecer num limbo no curtíssimo prazo."

A avaliação é apoiada pelos dados de produção da Rússia de janeiro, de 10,88 milhões de barris ao dia, entre outros números.

O centro de pesquisas Energy Aspects, sediado em Londres, disse em nota que as declarações recentes da Rússia de que apoiaria um corte na produção podem ser apenas uma maneira de Moscou usar a imprensa para tentar manobrar a Opep a mudar sua estratégia de lutar por fatia de mercado, não por uma alta no preço.

Após os ganhos da semana passada, o sentimento negativo voltou, em meio às preocupações sobre o excesso de oferta e a desaceleração de dados da indústria em potências econômicas como a China. O dado mais recente da indústria chinesa, que saiu na segunda-feira, mostrou o sexto mês seguido de contração em janeiro, o que aumenta as incertezas sobre o consumo da commodity neste país e pode pressionar mais os preços nesta semana.

Ainda assim, alguns analistas argumentam que os temores de desaceleração no consumo chinês poderiam ser excessivos. Eles avaliam que a demanda deve ser apoiada pelo setor industrial, conforme a economia chinesa se beneficia de um modelo mais orientado para o setor de serviços.

Economista-chefe do National Australia Bank, Alan Oster disse esperar que o setor de indústria e construção da China, que representa cerca de 50% da economia do país, cresça 8,5% neste ano. Além disso, ele avaliou que é necessário mais petróleo no setor de serviços, para transportes e fretes.

Oster acredita que a economia chinesa não deve desacelerar muito, mas não acredita que pode haver uma forte alta na demanda por commodities, incluindo o petróleo.

Às 19h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) divulga seu relatório semanal de estoques de petróleo nos EUA.

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