Petróleo: investidores estarão mais concentrados nos fundamentos para a oferta e a demanda global (foto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de setembro de 2017 às 16h23.
Nova York - O petróleo oscilou entre ganhos e perdas nesta quinta-feira, 21, sem muito impulso após altas recentes que levaram a commodity a máximas em cinco meses.
Além disso, investidores esperavam notícias sobre a possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) faça mais para reduzir o excesso de oferta global.
O petróleo WTI para outubro fechou em queda de US$ 0,14 (0,28%), a US$ 50,55 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro subiu US$ 0,14 (0,25%), a US$ 56,43 o barril, na ICE.
Investidores aguardam a reunião da Opep e de outros importantes produtores nesta sexta-feira, na qual será discutido o acordo para limitar a produção da commodity.
Os membros da Opep e outras nações, entre elas a Rússia, fecharam um pacto para limitar a produção até março de 2018.
Agora, muitos analistas acreditam que o cartel terá de estender o período de redução na oferta em sua reunião oficial de novembro a fim de apoiar os preços.
"Nós ainda estamos com excesso de oferta em um mundo com petróleo a US$ 50 o barril", comentou Chris Kettenmann, estrategista-chefe de energia da Macro Risk Advisors, sediada em nova York.
"Seguimos cautelosos sobre os preços do petróleo e continuamos a vender contratos neste patamar forte", disse.
Na quarta-feira, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) reportou alta de 4,6 milhões de barris nos estoques dos EUA na semana encerrada no dia 15, acima da expectativa de avanço de 2,6 milhões de barris dos analistas.
Já a taxa de utilização da capacidade das refinarias aumentou, a produção avançou e os estoques de combustíveis diminuíram, enquanto o setor de energia se recupera dos estragos causados pelo furacão Harvey na região de Houston.
Conforme os problemas causados pelo furacão diminuam, investidores estarão mais concentrados nos fundamentos para a oferta e a demanda global, sustentam analistas.
Há, porém, também um foco na votação popular que os curdos do Iraque desejam realizar na segunda-feira, já que a região tem um grande volume de exportações de petróleo.
Existe uma oposição internacional ao plebiscito e a reação da Turquia ao resultado pode ser crucial, já que a grande maioria das exportações de petróleo do Curdistão passa pelo país, lembra Olivier Jakob, diretor-gerente da consultoria Petromatrix.
Fonte: Dow Jones Newswires