Petróleo: a queda mensal foi puxada pelo desempenho da produção no estado do Texas (John Moore/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 18h53.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 31, dando prosseguimento ao rali visto nas últimas sessões, apoiados por dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que mostra uma queda na produção média diária do país na passagem de julho para agosto.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,42%, a US$ 54,38 por barril.
Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent com vencimento em janeiro avançou 0,58%, a US$ 60,94 por barril, enquanto o contrato para dezembro, que venceu nesta terça-feira, subiu 0,77%, a US$ 61,37 por barril. Com o resultado, o Brent atingiu o maior nível em mais de dois anos.
De acordo com o DoE, a produção média diária de óleo cru nos EUA caiu de 9,234 milhões de barris por dia (bpd) em julho para 9,203 milhões de bpd em agosto.
A queda porcentual foi de 0,3%. Contudo, na comparação com agosto de 2016, houve aumento de 5,6%.
A queda mensal foi puxada pelo desempenho da produção no Estado do Texas. No local, a produção passou de 3,474 milhões de bpd para 3,366 milhões de bpd, recuo de 3,1%.
A região é a maior produtora de petróleo nos EUA. Na contramão, o Estado da Dakota, segundo maior explorador da commodity, teve aumento de 3,5% na produção mensal, que passou de 1,031 milhão de bpd para 1,068 milhão de bpd.
Além do DoE, os investidores têm reagido, nos últimos dias, a expectativas de que os produtores de petróleo estenderão o contrato de redução da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) até o fim do próximo ano.
De acordo com o economista de commodities da Capital Economics, Tom Pugh, o último impulso nos preços do petróleo teve como catalisador o compromisso do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, feito no fim de semana, para estender o acordo de corte na produção da Opep com a Rússia até o fim de 2018.
Fonte: Dow Jones Newswires