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Petróleo fecha em baixa em NY, a US$ 79,97 o barril

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam o dia em queda, abaixo de US$ 80 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). As cotações foram pressionadas pelos receios com a situação fiscal dos países da zona do euro e por dúvidas sobre se o governo […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam o dia em queda, abaixo de US$ 80 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). As cotações foram pressionadas pelos receios com a situação fiscal dos países da zona do euro e por dúvidas sobre se o governo grego será capaz de implementar as medidas de aperto fiscal necessárias para a liberação de um pacote de resgate. O aumento nos estoques norte-americanos da commodity também contribuiu para o declínio.

O contrato futuro do petróleo com vencimento em junho negociado na Nymex caiu 3,34%, para US$ 79,97 por barril, encerrando o pregão abaixo de US$ 80 pela primeira vez desde 15 de março. A cotação mínima durante o dia foi de US$ 79,15 por barril. Na plataforma ICE de Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent com vencimento em junho recuou 3,6%, para US$ 82,61 por barril.

Outras commodities, como o ouro e o cobre, inicialmente acompanharam o movimento de queda nos preços do petróleo, provocado por uma fuga dos investidores em direção a ativos menos arriscados, como o dólar. Posteriormente, no entanto, os metais abandonaram as mínimas da sessão, enquanto o petróleo continuou caindo, pressionado por fatores como o aumento nos estoques norte-americanos.

"Tivemos um fluxo comercial bastante favorável no mercado de petróleo, baseado na ideia de apetite por risco dos investidores", disse Tim Evans, analista do Citi Futures Perspective em Nova York. "Agora eles engasgaram com esse risco e o mercado está tentando se desengasgar."

O avanço nos preços do petróleo foi baseado essencialmente na expectativa de que a demanda pelo produto cresceria no futuro, acompanhando a recuperação da economia. A perspectiva de crescimento econômico, no entanto, foi abalada pelos problemas fiscais na Grécia, abrindo espaço para que os fundamentos do mercado voltassem a chamar atenção.

Na sessão de hoje, o valor do barril foi particularmente pressionado por dados do Departamento de Energia dos EUA (DOE) que mostraram aumentos maiores que os previstos nos estoques norte-americanos de petróleo e gasolina na semana encerrada em 30 de abril. Segundo o órgão, os estoques de petróleo cresceram 2,755 milhões de barris durante o período - praticamente quatro vezes mais que o esperado. Os estoques de gasolina aumentaram 1,257 milhão de barris, ante estimativa de alta de 100 mil barris. Os estoques de destilados - categoria que inclui o diesel e o óleo para calefação - subiram 573 mil barris, em comparação à previsão de aumento de 1,5 milhão de barris.

Outro fator que contribuiu para o declínio nos preços do petróleo foi o aumento das preocupações com a situação fiscal dos países da zona do euro, após protestos na Grécia aumentarem a incerteza sobre se o país será capaz de implementar as medidas de austeridade fiscal. Além disso, a agência de classificação de risco Moody's Investors Service colocou em revisão para possível rebaixamento o rating (classificação de risco) Aa2 aplicado aos bônus do governo de Portugal, ajudando a alimentar as preocupações com a região.

Na sessão de segunda-feira, o valor do barril atingiu US$ 87,15 - o maior nível já registrado desde o início da crise econômica em 2008 -, devido a dados que mostraram um aquecimento na atividade industrial dos EUA e a receios com a possibilidade de o vazamento de óleo no Golfo do México atrapalhar o transporte marítimo na região.

O terminal portuário do Estado de Louisiana - principal terminal de importação de petróleo dos EUA - afirmou recentemente que o fluxo de carregamentos não foi afetado pelo vazamento de óleo, informação que foi confirmada hoje pelos dados do DOE, segundo os quais as importações da commodity atingiram o maior nível desde julho do ano passado na semana passada. As informações são da Dow Jones.

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