Petróleo cai mais de US$ 1 em NY e Londres
Queda de confiança dos consumidores americanos afetou o preço do petróleo
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2010 às 20h09.
Nova York - Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira em Londres e Nova York, depois de ter alcançado seu nível mais alto desde o início de maio, afetado pela queda de confiança dos consumidores americanos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou em 77,50 dólares, uma queda de 1,48 dólar em relação à véspera.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 1,37 dólar, a 76,13 dólares.
Os preços caíram depois do anúncio de uma nova deterioração da confiança dos consumidores dos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo.
Esse índice, medido pelo instituto privado de conjuntura Conference Board, caiu mais que o previsto, a 50,4 pontos, seu nível mais baixo desde fevereiro.
"Isso afeta a visão do mercado sobre as perspectivas da demanda nos próximos seis meses", disse Sieminski, do Deutsche Bank.
"Há uma relação muito clara entre o crescimento econômico e a demanda por petróleo, toda informação que implica um crescimento econômico mais frágil se traduz pela percepção de que a demanda por petróleo será também menos elevada", completou.
Os preços tinham começado a sessão em alta, com o WTI alcançando 79,69 dólares, seu nível mais elevado desde 6 de maio.
Para os analistas do Barclays Capital, o mercado "continua flertando com a ideia de superar os 80 dólares o barril".
Segundo fontes do mercado, os preços foram sustentados no início da sessão por comentários de influentes analistas do banco Goldman Sachs que estimavam que os preços estavam inferiores ao nível sugerido pela relação oferta-demanda.
Mas "mesmo que isso possa se revelar premunitório, é difícil tomar o trem (da alta de preços) com milhões de pessoas desempregadas, uma produção industrial estagnada e uma inflação em baixa", considerou Mike Fitzpatrick, da MF Global.