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Petróleo cai a US$ 108,32 o barril após alerta da Opep

Queda foi de 1,19% nos valores negociados na Nymex

O contrato futuro do petróleo tipo Brent negociado na plataforma ICE de Londres recuava 1%, para US$ 122,22 o barril (Luiz Dantas/VEJA)

O contrato futuro do petróleo tipo Brent negociado na plataforma ICE de Londres recuava 1%, para US$ 122,22 o barril (Luiz Dantas/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 09h54.

Londres - Os contratos futuros de petróleo recuam na manhã de hoje no mercado internacional, em meio às declarações de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que o mercado está superabastecido. A elevação do compulsório bancário pela China também trouxe temores de erosão da demanda por petróleo. A quarta elevação da parcela de recursos que os bancos devem manter no banco central chinês segue-se à divulgação, na sexta-feira, de que o índice de preços ao consumidor subiu mais que o esperado em março, em 5,4%. Esta foi a maior aceleração desde julho de 2008.

Às 8h37 (horário de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) caía 1,19%, para US$ 108,32 o barril. Já o contrato futuro do petróleo tipo Brent negociado na plataforma ICE de Londres recuava 1%, para US$ 122,22 o barril.

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, afirmou que cortou a produção saudita em 800 mil barris ao dia em março, por conta do abastecimento excessivo do mercado, segundo publicou ontem a agência Kuwait News. Dessa forma, a produção saudita de petróleo caiu para 8.292 milhões de barris por dia em março, ante 9.125 milhões de barris por dia em fevereiro.

O maior produtor da Opep elevou sua produção em fevereiro para compensar a perda dos 1,3 milhão de barris de petróleo exportados pela Líbia, após a crise política no país. No entanto, a demanda pelo excedente foi baixa. No começo do dia, o secretário-geral da Opep, Abdalla Salem El Badri, disse que o mercado está bem abastecido, acrescentando não haver necessidade de aumento da produção, porque ninguém está comprando o excedente.

"A melhor coisa a se fazer (para reduzir os preços do petróleo) é evitar a especulação e também os impostos", disse El Badri em entrevista durante encontro de autoridades de energia no Kuwait. Segundo o analista de petróleo do Credit Agricole, Christophe Barret, os comentários somam-se aos temores do mercado de que o preço elevado da commodity prejudique a demanda. As informações são da Dow Jones.

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