EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h27.
Por Álvaro Campos
Nova York - Os contratos futuros de petróleo registram alta nesta tarde, após a divulgação de um dado positivo sobre o mercado imobiliário nos Estados Unidos deixar os investidores otimistas em relação ao horizonte macroeconômico. Às 14h09 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo com vencimento em novembro subiam 1,97%, para US$ 82,85 o barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma ICE de Londres, o petróleo do tipo Brent com vencimento em dezembro subia 1,96%, para US$ 84,07 o barril.
O petróleo se recuperou após ter chegado perto do nível técnico de resistência de US$ 80,30 o barril no começo da sessão. A alta foi puxada por ganhos nos mercados de ações e por um aumento no índice de confiança da Associação Nacional de Construtoras de Casas (NAHB, na sigla em inglês) - a primeira elevação em cinco meses. "Novamente o petróleo está sendo influenciado por dados da macroeconomia", disse Phil Flynn, analista de petróleo da PFG Best.
O dado veio em um momento em que os investidores estão esperando sinais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai adotar mais medidas de estímulo à economia. Na sexta-feira, o presidente do Fed, Ben Bernanke, não deu muitos detalhes sobre os planos do banco central, embora a maioria dos investidores acredite que alguma forma de estímulo será adotada.
Essas expectativas têm feito os investidores apostarem contra o dólar, que tem caído fortemente em relação ao euro. Isso faz o petróleo subir, já que torna a commodity, denominada em dólar, mais barata para investidores que usam outras moedas. Além disso, com as oscilações no câmbio, os investidores estão buscando ativos tangíveis, como as commodities.
Analistas dizem que os preços do petróleo devem permanecer na estreita faixa entre US$ 80 e US$ 83 o barril, a menos que outros mercados, incluindo o de ações e o de câmbio, forneçam alguma direção. "Existe certo nível técnico de suporte", disse Ric Ilczyszyn, corretor da Lind-Waldock. "Apesar disso, acredito que, se o euro interromper sua tendência de alta e começar a ser vendido, o petróleo cairá junto", acrescentou.
O mercado de petróleo também está de olho nas greves na França, que têm interrompido ou prejudicado a produção nas 11 refinarias do país. Uma outra greve, nos terminais de Fos e Lavéra, já está no 22º dia, causando um congestionamento de 65 navios neste que é o terceiro maior porto de petróleo do mundo. As informações são da Dow Jones.