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Petróleo afunda 4% com piora de Covid na China; ações da Petrobras caem

Maior país importador de petróleo do mundo caminha para o pior choque de demanda da commodity desde os primeiros dias da pandemia

Dificuldades da China com o vírus adicionam outra fonte de volatilidade a um mercado de petróleo (AFP/AFP)
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Bloomberg

Publicado em 25 de abril de 2022 às 12h29.

Última atualização em 25 de abril de 2022 às 17h54.

O preço do barril de petróleo começou a semana em forte queda devido a preocupações de que um surto de Covid-19 na China atinja ainda mais o consumo.

Os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, chegaram a cair cerca de 6%, para abaixo de $96 por barril, em meio a umaliquidação de açõese de outras commodities. Já o petróleo Brent, referência para os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), recuou cerca de 5,8% na mínima do dia. Ao longo da tarde, as cotações recuperaram as perdas com a virada da bolsa americana. Ainda assim, os papéis da petroleira fecharam o dia em queda.

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Tensão na China

O aumento dos casos de coronavírus em Pequim provocou nervosismo sobre um cenário sem precedentes deconfinamentona capital, enquantoXangairegistrou mortes diárias recordes no fim de semana. O maior país importador de petróleo do mundo caminha para o piorchoquede demanda de petróleo desde os primeiros dias da pandemia.

As dificuldades da China com o vírus adicionam outra fonte de volatilidade a um mercado de petróleo que já era atingido pela invasão da Ucrânia pela Rússia. A guerra alimentou a inflação e a União Europeia discute medidas pararestringirimportações de petróleo da Rússia.

A China implementou bloqueios em várias cidades na busca peloCovid Zero. Moradores de um distrito de Pequim foram instruídos a se submeterem a três dias de testes a partir de segunda-feira, em uma tentativa de conter os casos.

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À medida que os riscos para o consumo aumentam, as apostas de gestores em alta do WTI caíram pra o nível mais baixo desde abril de 2020, quando os preços ficaram negativos.

“A grande história do petróleo continua sendo a China”, disse Keshav Lohiya, fundador da consultora Oilytics. “O impacto na demanda doméstica será significativo se Pequim seguir os passos de Xangai.”

O mercado se prepara para oferta adicional, o que aumenta os sinais de baixa. Espera-se que a Líbia retome a produção de campos fechados nos próximos dias, enquanto o terminal de petróleo CPC na costa do Mar Negro da Rússia retomou as operações regulares após reparos.

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