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Petrobras reage, mas Bovespa está atenta aos EUA

A primeira reação das ações da estatal petrolífera à notícia do aumento da gasolina ocorre no pregão desta quarta-feira


	Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,50%, aos 60.105,13 pontos
 (Lailson Santos/EXAME)

Bovespa: por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,50%, aos 60.105,13 pontos (Lailson Santos/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A Petrobras esperou o fechamento das negociações no after market da Bovespa, na noite de terça-feira para anunciar reajuste no valor cobrado pelos combustíveis nas refinarias, de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, na média.

Com isso, a primeira reação das ações da estatal petrolífera à notícia ocorre no pregão desta quarta-feira.

Porém, o viés dos negócios locais para o dia vai depender do comportamento dos mercados internacionais, diante de uma farta agenda econômica nos Estados Unidos, com dados e eventos de primeira grandeza.

Por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,50%, aos 60.105,13 pontos.

O informe sobre o aumento nos preços dos combustíveis foi divulgado na terça-feira pela Petrobras, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no qual afirma que o reajuste foi definido levando-se em conta a política de preços da companhia, que busca "alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazos".

Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o aumento anunciado pela Petrobras, embora não contemple as expectativas do mercado financeiro, está em linha com o sinalizado pela ata da reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), que projetava um reajuste "em torno" de 5% no preço da gasolina nas bombas.

Segundo cálculos de economistas consultados pela Agência Estado, no varejo, o reajustes dos preços cobrados nos postos deve ser de 5,3% na gasolina e de 4% no diesel.


Já o efeito no caixa da companhia é de alívio, já que a Petrobras registra prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão por mês com a diferença entre os preços de importação de combustíveis e os praticados no mercado doméstico. "Não resolve, mas ajuda", avalia Galdi, da SLW, acrescentando que o reajuste deve ter sido o possível, diante do cenário de pressão inflacionária.

Com isso, a expectativa é de reação positiva nos papéis da Petrobras, tendo em vista que os recibos de depósito de ações (ADRs) da estatal petrolífera subiram no after-hours em Nova York, após a notícia. Porém, na Bovespa, às 10h10, as ações PN e ON da companhia caíam 2,04% e 1,86%, respectivamente.

Mas operadores de renda variável destacam que o desempenho dos negócios locais vai depender do sinal exibido pelas bolsas no exterior. Ao que tudo indica, afirmam os profissionais, o dia promete ser de volatilidade nos mercados acionários.

Isso porque a agenda econômica norte-americana reserva a divulgação, às 11h15, da pesquisa ADP sobre postos de trabalho criados no setor privado dos EUA em janeiro e, na sequência, às 11h30, sai a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre de 2012.

Os investidores também estão em compasso de espera pela decisão de política monetária nos EUA a ser anunciada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, às 17h15.

À espera desses eventos, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,01% e as principais bolsas europeias oscilavam entre margens estreitas, sem viés definido.

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