Petrobras (PETR3/PETR4) cai quase 5% com cotação do petróleo em forte queda
Petrolíferas privadas também recuam e ficam entre as maiores quedas do dia com a derrocada da commodity
Carlo Cauti
Publicado em 5 de julho de 2022 às 16h19.
Última atualização em 5 de julho de 2022 às 19h08.
As ações da Petrobras (PETR3/PETR4) ficaram entre os papéis com pior desempenho do Ibovespa nesta terça-feira, 5, recuando quase 5% na esteira da derrubada do preço internacional do petróleo.
- Petrobras (PETR3) : - 4,27%
- Petrobras (PETR4) : - 3,81%
A cotação do petróleo tipo Brent — referência para o mercado brasileiro — registra uma queda de mais de 10%, em US$ 101,10 por volta das 14h30 horário de Brasília. Na mínima, a commodity chegou a ser negociada abaixo da marca dos US$ 100, o que não acontecia desde maio.
O possível cenário de recessão global que está aparecendo no horizonte com cada vez mais força está derrubando os preços da commodity. E para aumentar as incertezas, analistas não chegam a consenso sobre o futuro dos preços.
Ainda nesta terça-feira, um relatório do banco americano Citigroup (CTGP34) indicou que a cotação do petróleo caia para US$ 65 até o final do ano.
Segundo os analistas do Citigroup, a cotação do petróleo poderia chegar em US$ 45 até o final de 2023 por causa da desaceleração da demanda mundial.
O JPMorgan, por outro lado, vê o barril a US$ 380 no caso de uma grande interrupção da oferta russa.
Os temores derrubam também as ações das petroleiras privadas, que lideraram as maiores quedas do pregão.
- 3R Petroleum (RRRP3) : - 7,44%
- PetroRio (PRIO3) : - 7,11%
Alta de juros do Fed poderia aumentar queda do preço do petróleo
Os temores de recessão nos Estados Unidos ganharam força com na metade de junho, quando o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, acelerou o aperto monetário e elevou juros em 0,75 ponto percentual, na maior alta desde 1994.
Investidores devem continuar atentos ao assunto uma vez que, nesta quarta-feira, 5, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, vai divulgar a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercados Abertos (FOMC), onde explicará sua estratégia de política monetária para os próximos meses.
Entretanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, já deixou claro que o objetivo primário nesse momento é lutar contra a inflação. E que, por isso, uma nova alta de 0,75 p.p. nos juros americanos é muito provável.
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