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Petrobras explica adesão ao Nivel 2 da Bolsa

Nível exige maior transparência às empresas e pedido de adesão integra medidas adotadas pela empresa para combater a corrupção

Petrobras: Parente insistiu que a empresa não foi responsável, mas "vítima" da corrupção (Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 14h51.

Rio de Janeiro - A Petrobras apresentou nesta sexta-feira as medidas adotadas pela companhia para combater a corrupção, entre elas o pedido de inclusão no Nivel 2 de Governança Corportativa da Bolsa de Valores de São Paulo, que exige maior transparência às empresas, conforme explicaram nesta sexta-feira os diretores da empresa em um evento que contou com a presença dos juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas, responsáveis pela Operação Lava Jato.

"Já anunciamos nossa decisão de aderir ao Nivel 2 entre as empresas inscritas na Bolsa de São Paulo. Isso significa mais transparência, mais prestação de contas e mais respeito ao acionista minoritário", afirmou o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

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No chamado Nível 2 de Governança Corporativa da B3, a antiga BM&FBovespa, estão inscritas empresas com melhores práticas de transparência e que oferecem aos acionistas, inclusive os que não têm direito a voto, a possibilidade de opinar sobre a gestão da companhia.

Parente explicou que a Petrobras já solicitou à Bolsa sua migração para o novo nível, o que é esperado para as próximas semanas.

"Já somos uma empresa premiada pela Bolsa de São Paulo por nossas práticas de transparência e somos a estatal melhor avaliada do governo quanto a medidas de combate à corrupção", afirmou Parente, ao qualificar como bem-sucedidas as medidas adotadas para enfrentar os desvios na empresa.

"Em somente três anos, a Petrobras foi capaz de construir um sistema de governança que é reconhecido pela adoção das práticas mais modernas no assunto", acrescentou o diretor.

O evento foi organizado devido ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, que é comemorado neste sábado, e, durante seu pronunciamento, Parente também mencionou o evento de ontem na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, no qual foram recuperados R$ 654 milhões por meio de acordos de colaboração celebrados com pessoas físicas e jurídicas no âmbito da Operação Lava Jato.

"Os dois eventos não deixam dúvidas dos resultados que alcançamos no combate à corrupção. Os dois eventos confirmam que a Petrobras está fortalecendo o seu caminho ético e honesto", disse Parente.

Segundo o presidente da companhia, em seu empenho para combater a corrupção, a Petrobras assumiu o papel de assistente da acusação nos processos judiciais contra os responsáveis pelos desvios, e esse esforço permitiu que ela recuperasse até agora R$ 1,476 bilhão.

Parente insistiu que a empresa não foi responsável, mas "vítima" da corrupção, algo que ele atribuiu "a uma minoria de diretores desonestos que se juntaram a empreiteiras desonestas".

O presidente da Petrobras explicou que, desde que iniciou sua política de bom comportamento, cerca de 50 mil funcionários, de diretores a prestadores de serviços, receberam cursos de capacitação na adoção de boas práticas.

Desde então, a Petrobras realizou 3 mil avaliações de funcionários contratados e 15 mil avaliações de empresas das quais adquiriu produtos e serviços.

"Agora, não estamos verificando somente a integridade de nossas empreiteiras e clientes, mas estamos exigindo que também adotem modelos éticos de gestão", disse, por sua vez, o diretor de governança da Petrobras, João Elek.

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