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Petrobras entrará no nível 2 da B3 em até 20 dias, diz diretor

Diretor da companhia disse que a Petrobras já cumpriu a sua parte e agora só aguarda o anúncio da Bolsa para mudar de nível

B3: migração da Petrobras não significará que o acionista preferencialista ganhará direito de voto (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: migração da Petrobras não significará que o acionista preferencialista ganhará direito de voto (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 13h58.

Rio de Janeiro - A Petrobras vai ingressar no nível 2 de governança corporativa da B3 nos próximos 15 a 20 dias, informou o diretor de Governança e Conformidade da companhia, João Elek, após participar do 38º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Cobrain).

O executivo disse que a Petrobras já cumpriu a sua parte e agora só aguarda o anúncio da Bolsa para mudar de nível, apesar da migração não significar que o acionista preferencialista ganhará direito de voto, como ocorre em empresas que atingem o nível 2 de governança corporativa.

"Antes de ocorrer a assembleia, o ponto de vista dele (acionista preferencialista) será divulgado no edital, ele poderá inclusive influenciar a assembleia", explicou Elek.

Ele lembrou que a Petrobras foi criada por uma lei que impede que o acionista preferencialista tenha direito a voto, mesmo após três anos de prejuízo seguido, como ocorre com outras empresas.

"A ação preferencial jamais terá direito a voto na Petrobras, mas eu achei que devíamos ir para o nível 2, porque é bom para a companhia, reforça a minha gestão", disse o diretor.

Desta maneira, o acionista preferencialista será chamado a opinar e no edital de convocação da assembleia que for decidir sobre assuntos societários mais complexos, como fusões e aquisições, por exemplo.

"Tivemos muita moção junto à CVM e à Bovespa, agora B3, para isso", informou o executivo.

Elek disse ainda, que este ano termina um trabalho iniciado com a sua chegada, em 2015, de eliminar todas as fraquezas materiais (deficiências grave na gestão) da Petrobras. Na época, eram nove casos, informa. Hoje são apenas três, que deverão ser solucionadas até o final deste ano.

"O fato de ter recebido do auditor a avaliação de nove fraquezas materiais, ou seja, graves, eu até brinquei que ia entrar no Guiness (livro de recordes), porque é a empresa que mais falhas materiais tem e continua funcionando", brincou. A mais "delicada" que ainda persiste, segundo Elek, é a falha de controle de acessos a sistemas, mas que está sendo solucionada.

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