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Petrobras dispara 7% com rumores sobre privatização

Segundo emissora, governo pretende vender fatia da estatal, deixando de ser acionista majoritário

Petrobras | Foto: Dado Galdieri/Bloomberg (Dado Galdieri/Bloomberg)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de outubro de 2021 às 16h20.

Última atualização em 25 de outubro de 2021 às 16h54.

As ações da Petrobras (PETR3/PETR4) registram forte alta na tarde desta segunda-feira, 25, em meio a rumores de que o governo estuda deixar de ser acionista majoritário da estatal, vendendo parte de sua fatia ao mercado. Próximo da máxima do dia, as ações ordinárias subiam 5,88%, enquanto as preferenciais, 6,88%.

Os papéis da estatal já avançavam mais de 4% no início da tarde, recuperando parte das perdas da última semana e refletindo o anúncio de que a companhia fará um novo reajuste no preço do combustível. No fim da tarde, porém, os papéis estenderam o movimento de alta, após a CNN Brasil noticiar que o presidente Jair Bolsonaro já discute com parlamentares a possibilidade de privatizar a companhia.

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Ainda de acordo com a emissora, o governo manteria participação especial em forma de "golden share", permitindo vetar possíveis operações da empresa e mantendo a indicação para o presidente da companhia.

A narrativa foi endossada por Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, que disse à Reuters que estuda um projeto de lei que visa a privatização da Petrobras por meio de venda de ações. "Não tem decisão tomada. Existem estudos a respeito", afirmou à agência de notícias.

Segundo ele. primeiro o governo quer avançar com a privatização dos Correios. "Isso entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é como alguns pensam, que é pegar a empresa botar na prateleira e amanhã quem der mais leva embora. É uma complicação enorme. Ainda mais quando se fala em combustível."

A participação do governo na Petrobras é um dos principais fatores que afastam investidores da empresa. Nas últimas semanas, os temores sobre uma possível interferência na política de preços vinha levando o mercado a dar preferência aos papéis de petroleiras privadas, como PetroRio (PRIO3) e 3R (RRRP3). Entre analistas, o consenso é de que, com a menor influência do governo, a empresa se aproxime dos múltiplos em que são negociadas as companhias privadas.

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