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Petrobras capta US$11 bi na maior oferta de bônus da AL

Com a operação, a Petrobras obteve mais da metade dos US$ 20 bilhões que pretende captar neste ano, para garantir os investimentos em exploração e produção


	Os recursos vêm em momento em que a Petrobras deve participar do leilão de direitos de exploração de petróleo e gás natural nesta semana, o primeiro conduzido pelo governo desde 2008
 (Divulgação/Petrobras)

Os recursos vêm em momento em que a Petrobras deve participar do leilão de direitos de exploração de petróleo e gás natural nesta semana, o primeiro conduzido pelo governo desde 2008 (Divulgação/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 20h27.

Rio de Janeiro/São Paulo - A estatal Petrobras vendeu 11 bilhões de dólares em dívida nos mercados internacionais nesta segunda-feira, no que se tornou a maior oferta de bônus de uma companhia latino-americana na história.

O acordo foi estruturado em seis tranches compostas por dívida de rendimento fixo e flutuante com prazos entre três e 30 anos, disseram fontes à Reuters e ao IFR, um serviço da Thomson Reuters. A demanda pelos títulos superou 50 bilhões de dólares, em um sinal de forte apetite por empresas de mercados emergentes que desfrutam de altos ratings de avaliação de crédito, disse o IFR.

Com a operação, a Petrobras obteve mais da metade dos 20 bilhões de dólares que pretende captar neste ano, para garantir os investimentos em exploração e produção de petróleo apesar da queda na receita. A gigante do petróleo pretende investir 237 bilhões de dólares até 2017, no que é considerado o maior plano de investimento corporativo de uma única companhia.

A companhia ofertou dívida pela última vez em 1º de fevereiro de 2012, levantando 7 bilhões de dólares com quatro prazos diferentes. A maior oferta de bônus até agora na região havia sido a emissão de 7,5 bilhões de dólares da estatal venezuelana Petroleos de Venezuela (PDVSA) em abril de 2007, de acordo com dados da Thomson Reuters.

Os recursos vêm em momento em que a Petrobras deve participar do leilão de direitos de exploração de petróleo e gás natural nesta semana, o primeiro conduzido pelo governo desde 2008.

Fontes próximas à transação disseram à Reuters que 1,25 bilhão de dólares em bônus de três anos foram vendidos com um rendimento (yield) de 2,144 %, ou 1,75 ponto percentual acima dos títulos de dívida norte-americana (Treasuries) comparáveis.

Cerca de 1 bilhão de dólares em títulos com taxa flutuante e vencimento em maio de 2016 foram precificados com yield equivalente a 1,62 ponto percentual acima da taxa Libor de três meses.

A companhia vendeu 2 bilhões de dólares em papéis de cinco anos e taxa fixa com yield de 3,125 %, o que representa spread de 230 pontos básicos sobre os Treasuries comparáveis. Além disso, 1,5 bilhão de dólares em títulos de cinco anos e taxa flutuante foram vendidos com spread de 214 pontos básicos sobre Libor, acrescentaram as fontes.


A operação inclui ainda a venda de 3,5 bilhões de dólares em dívida de 10 anos com yield de 4,522 %, ou 260 pontos básicos sobre os Treasuries comparáveis, e 1,75 bilhão de dólares em bônus de 30 anos com yield de 5,764 %, ou 265 pontos básicos sobre Treasuries, destacaram as fontes.

A Petrobras deve elevar o montante vendido em 5 % com uma oferta adicional para investidores asiáticos mais tarde nesta segunda-feira, acrescentaram as fontes.

A companhia contratou as unidades de banco de investimento do Bank of America, Banco do Brasil, Citigroup, HSBC, Itaú Unibanco, JPMorgan e Morgan Stanley para coordenar a transação.

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