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Petrobras cai 6% e leva Bovespa ao menor nível em 3 meses

Ibovespa caiu 1,56 por cento, a 51.446 pontos, nível de fechamento mais baixo desde 30 de agosto

Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: giro financeiro do pregão foi de 7,8 bilhões de reais (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 17h00.

São Paulo - A queda de mais de 6 por cento das ações da Petrobras puxou para baixo o principal índice do mercado acionário brasileiro, que fechou no nível mais baixo em quase três meses nesta terça-feira, em meio a preocupações de que o governo possa atrasar a aprovação de um mecanismo para o reajuste de preços de combustíveis. O Ibovespa caiu 1,56 por cento, a 51.446 pontos -- nível de fechamento mais baixo desde 30 de agosto. O giro financeiro do pregão foi de 7,8 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Petrobras perderam 6,29 por cento e as ordinárias 6,43 por cento, acentuando movimento de baixa após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que um mecanismo para os reajustes dos combustíveis não pode ser de "improviso", tampouco inflacionário. Há duas semanas, uma fonte do Executivo disse à Reuters que o governo resistia à metodologia de reajuste apresentada pela diretoria da estatal. O assunto voltou à tona nesta terça-feira com o jornal Folha de S. Paulo afirmando que o governo está disposto a conceder um reajuste para gasolina e diesel neste ano, mas que já considera deixar para 2014 a aprovação de um mecanismo para o reajuste automático.

"As pessoas estavam esperando que algo acontecesse (sobre a fórmula dos preços) neste ano", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. "O Mantega disse que ela não pode ser inflacionária ou contribuir para a indexação da economia, então agora há uma expectativa de que pode não ocorrer nada." A reunião do Conselho de Administração da estatal que deve analisar o tema, adiada em uma semana, está programada para a próxima sexta-feira.

"A sensação de que o governo continua com um intervencionismo grande nas estatais acabou tendo um reflexo geral sobre o Ibovespa", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Ações de construção e do setor de siderurgia também recuaram. Outro peso veio das ações da mineradora . Nesta terça, o Superior Tribunal da Justiça (STJ) iniciou julgamento do processo da multinacional questionando a cobrança tributos sobre o lucro de suas subsidiárias no exterior. A sessão de julgamento, contudo, foi suspensa após o ministro Ari Pargendler pedir vistas.

O governo diz que a Vale deve cerca de 30 bilhões de reais em tributos sobre lucro de subsidiárias fora do Brasil, mas a mineradora contesta a cifra. A queda do Ibovespa neste pregão não foi maior por conta das empresas de educação Kroton e Anhanguera e dos papéis de bancos, depois do setor financeiro ter ajudado a puxar o mercado para baixo na segunda-feira. O índice financeiro da bolsa fechou em alta de 0,59 por cento.

O setor sofreu na véspera com temores de que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a correção da poupança em planos econômicos passados possa gerar um impacto sistêmico, sobretudo a instituições financeiras com grandes depósitos.

Nesta sessão, as ações subiram com a expectativa de que o início do julgamento, agendado para quarta-feira, possa ser adiado. A avaliação do governo é que uma decisão favorável aos poupadores geraria custo de 150 bilhões de reais para os bancos.

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São Paulo - A queda de mais de 6 por cento das ações da Petrobras puxou para baixo o principal índice do mercado acionário brasileiro, que fechou no nível mais baixo em quase três meses nesta terça-feira, em meio a preocupações de que o governo possa atrasar a aprovação de um mecanismo para o reajuste de preços de combustíveis. O Ibovespa caiu 1,56 por cento, a 51.446 pontos -- nível de fechamento mais baixo desde 30 de agosto. O giro financeiro do pregão foi de 7,8 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Petrobras perderam 6,29 por cento e as ordinárias 6,43 por cento, acentuando movimento de baixa após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que um mecanismo para os reajustes dos combustíveis não pode ser de "improviso", tampouco inflacionário. Há duas semanas, uma fonte do Executivo disse à Reuters que o governo resistia à metodologia de reajuste apresentada pela diretoria da estatal. O assunto voltou à tona nesta terça-feira com o jornal Folha de S. Paulo afirmando que o governo está disposto a conceder um reajuste para gasolina e diesel neste ano, mas que já considera deixar para 2014 a aprovação de um mecanismo para o reajuste automático.

"As pessoas estavam esperando que algo acontecesse (sobre a fórmula dos preços) neste ano", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. "O Mantega disse que ela não pode ser inflacionária ou contribuir para a indexação da economia, então agora há uma expectativa de que pode não ocorrer nada." A reunião do Conselho de Administração da estatal que deve analisar o tema, adiada em uma semana, está programada para a próxima sexta-feira.

"A sensação de que o governo continua com um intervencionismo grande nas estatais acabou tendo um reflexo geral sobre o Ibovespa", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Ações de construção e do setor de siderurgia também recuaram. Outro peso veio das ações da mineradora . Nesta terça, o Superior Tribunal da Justiça (STJ) iniciou julgamento do processo da multinacional questionando a cobrança tributos sobre o lucro de suas subsidiárias no exterior. A sessão de julgamento, contudo, foi suspensa após o ministro Ari Pargendler pedir vistas.

O governo diz que a Vale deve cerca de 30 bilhões de reais em tributos sobre lucro de subsidiárias fora do Brasil, mas a mineradora contesta a cifra. A queda do Ibovespa neste pregão não foi maior por conta das empresas de educação Kroton e Anhanguera e dos papéis de bancos, depois do setor financeiro ter ajudado a puxar o mercado para baixo na segunda-feira. O índice financeiro da bolsa fechou em alta de 0,59 por cento.

O setor sofreu na véspera com temores de que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a correção da poupança em planos econômicos passados possa gerar um impacto sistêmico, sobretudo a instituições financeiras com grandes depósitos.

Nesta sessão, as ações subiram com a expectativa de que o início do julgamento, agendado para quarta-feira, possa ser adiado. A avaliação do governo é que uma decisão favorável aos poupadores geraria custo de 150 bilhões de reais para os bancos.

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