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Petrobras volta a subir sob gestão de Ivan Monteiro

Ivan Monteiro assumiu o cargo de presidente interino após Pedro Parente pedir demissão na última sexta-feira

Ivan Monteiro: novo presidente da Petrobras também é diretor executivo da Área Financeira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ivan Monteiro: novo presidente da Petrobras também é diretor executivo da Área Financeira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 4 de junho de 2018 às 10h29.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 14h59.

São Paulo - As ações da Petrobras registravam fortes ganhos na tarde desta segunda-feira. Os papéis preferenciais subiam 8,11% e os ordinários 7%.

Na sexta-feira, as ações chegaram a cair 20%, após Pedro Parente comunicar sua demissão do cargo de presidente da estatal.

Ainda na sexta-feira, a Petrobras indicou Ivan Monteiro para substituir Parente, como presidente interino. Monteiro é o atual diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal. Segundo a empresa, ele acumulará as duas funções.

Em relatório enviado, a Coinvalores afirmou que apesar do perfil técnico de Ivan Monteiro ainda há muitas dúvidas com relação a sua gestão, “sobretudo no que tange a autonomia.”

Já a Guide Investimentos afirmou que a escolha de Monteiro é bem visto pelo mercado, já que ele é dos principais responsáveis pela recuperação operacional da companhia, e de eficiência, da companhia.

Em relatório, a Guide Investimentos afirmou ainda que Monteiro é um dos responsáveis pela implementação da nova política de preços, além de contar com  resultados favoráveis em relação à redução do endividamento da estatal.

“O programa de venda de ativos ganhou tração desde a chegada de Monteiro, totalizando 13,6 bilhões de dólares no final de 2016, e 4,5 bilhões de dólares em 2017. Assim, a gestão de Monteiro na Petrobras deve ser de continuidade.”

Recomendação das ações

Sobre a recomendação das ações, a Guide Investimentos recomenda cautela, porque existe a possibilidade de interferência política na gestão da empresa, e novas alterações na fórmula da nova política de preços. “É algo que tende a pressionar os papéis no curto.”

A Coinvalores destaca que as ações da companhia tendem a manter a elevada volatilidade no curto prazo, dado a maior percepção de risco e as inúmeras incertezas na seara política.

Política de preços

Sobre a política de preços da Petrobras, uma matéria publicada pelo Valor Econômico, afirma que a nova gestão da companhia sob comando de Monteiro informou que aceita  rediscutir o reajuste diário da gasolina e alongar a periodicidade das mudanças de preços do combustível ao consumidor.

Entretanto, segundo fontes ouvidas pelo jornal, a estatal impõe duas condições para essa rediscussão: que a empresa não perca o lastro nos preços internacionais e que ela seja protegida contra a importação nos períodos em que a cotação do mercado externo estiver abaixo da vigente no Brasil.

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