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Pessoas físicas não saíram da Bolsa nos últimos dias

Presidente da BM&FBovespa afirma que investidor brasileiro está mais maduro

Edemir destacou, no entanto, a menor atração de novos investidores neste momento em função de uma série de acontecimentos, como o agravamento da crise internacional (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

Edemir destacou, no entanto, a menor atração de novos investidores neste momento em função de uma série de acontecimentos, como o agravamento da crise internacional (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 18h16.

São Paulo - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta quarta-feira que o investidor pessoa física amadureceu muito no Brasil. Ele comemorou o fato de não ter visto fuga geral de investidores em meio à tormenta que abalou o mercado nos últimos dias. "Estamos vendo que as pessoas físicas não estão indo embora e isso é muito importante. Credito isso ao amadurecimento do investidor pessoa física", disse o presidente da Bolsa.

Edemir destacou, no entanto, a menor atração de novos investidores neste momento em função de uma série de acontecimentos, como o agravamento da crise internacional. Com isso, a meta de ter 5 milhões de novos investidores até 2015 passou para 2018. "Não estamos alterando a meta, e sim o prazo em que ela será cumprida."

O presidente da Bolsa também disse que o momento de queda de preços das ações é uma boa oportunidade de compras, mas para os investidores mais experientes.

Empresas listadas - O presidente da BM&FBovespa manteve a meta de ter 200 novas empresas listadas no mercado acionário brasileiro até 2015. Essa meta foi divulgada em dezembro do ano passado e, apesar, do cenário adverso, não foi alterada pela instituição.

Desde que a estimativa foi anunciada, 15 empresas abriram o capital. "Só faltam 185", disse Edemir. Ele observou que a bolsa e os bancos de investimentos seguem trabalhando nesse sentido, independentemente dos acontecimentos mais recentes.

Para este ano, a Bolsa prefere não trabalhar com metas para IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) no segundo semestre, justamente por conta da turbulência que o mercado atravessa. Além disso, ele lembra tratar-se de um período curto até o final do ano, uma vez que a oferta desses papéis depende dos investidores estrangeiros. Além das férias no hemisfério norte, conta o fato de que esses investidores são os mais afetados pela crise. A expectativa anterior era de que as ofertas de ações somariam 55 bilhões de reais em 2011.

Edemir observou que o que aconteceu até agora em 2011 em termos de abertura de capital já supera 2010. Até o momento, foram 11 IPOs e oito follow-on (ofertas subsequentes), totalizando 16,2 bilhões de reais.

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