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PESQUISA-Bovespa deve subir 10% até fim do ano

Por Luciana Lopez SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - O principal índice de ações brasileiras deve apresentar alta de 10 por cento até o final do ano, graças aos fortes fundamentos domésticos, apesar de grandes economias ainda enfrentarem dificuldades, segundo pesquisa da Reuters. O desempenho do Ibovespa previsto para a segunda metade de 2010 […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 06h16.

Por Luciana Lopez

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - O principal índice de
ações brasileiras deve apresentar alta de 10 por cento até o
final do ano, graças aos fortes fundamentos domésticos, apesar
de grandes economias ainda enfrentarem dificuldades, segundo
pesquisa da Reuters.

O desempenho do Ibovespa previsto para a segunda metade de
2010 contrasta com o sobe-e-desce dos primeiros seis meses do
ano, quando as preocupações acerca da economia global
prejudicaram ações de empresas brasileiras ainda que a economia
interna tenha crescido de forma expressiva.

Com a eleição presidencial de outubro provavelmente
provocando pouca volatilidade e a imensa oferta de ações da
Petrobras sendo concluída em setembro, analistas
apostam em valorização do mercado de ações no Brasil.

De qualquer forma, incertezas no front externo, incluindo
nos Estados Unidos, podem fazer com que os ganhos desacelerem.

O Ibovespa deve encerrar o ano em 74.750 pontos, 10
por cento acima dos 68.106 pontos do fechamento de
quarta-feira, de acordo com a média das estimativas de 18
analistas, estrategistas e gestores de recursos consultados
pela Reuters.

Pesquisa em junho indicava o Ibovespa a 75 mil pontos no
fim de dezembro de 2010.

As previsões para o fim do ano variaram de 63 mil a 85 mil
pontos. A pesquisa apontou ainda que o mercado projeta a
Bovespa subindo pouco além de 78 mil pontos até meados de
2011.

O Brasil está entre os países com maior crescimento neste
ano. No primeiro trimestre, a expansão na comparação ano a ano
foi a mais expressiva desde 1996, quando começa a base
histórica no atual formato.

Embora tenha desacelerado um pouco, no segundo trimestre o
avanço da economia brasileira permaneceu vigoroso e superou as
expectativas. Para o ano todo, analistas preveem alta do
Produto Interno Bruto (PIB) de 7 por cento ou mais.

Até mesmo a eleição presidencial de outubro deve gerar
pouca volatilidade. Líder nas pesquisas, a candidata do governo
Dilma Rousseff (PT) tem manifestado que pretende continuar as
políticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A eleição presidencial em segundo plano é algo positivo
para o mercado", disse Kathryn Rooney Vera, da Bulltick Capital
Markets, acrescentando que espera mais fluxo de recursos para
ações à medida que a aversão ao risco diminui.

PREOCUPAÇÃO EXTERNA DIMINUI

Ainda que o frágil crescimento da economia externa possa
influenciar as ações brasileiras, alguns dos temores estão
diminuindo, segundo analistas.

O crescimento nos EUA permanece fraco, mas o risco de uma
nova recessão parece menor, avaliou Paulo Esteves,
analista-chefe da Gradual Investimentos. "Preocupações (no
exterior) que estavam deixando o mercado inquieto retrocederam
um pouco", disse.

Com isso, os investidores ficam livres para se concentrar
nos fatores internos, incluindo os fundamentos do Brasil.

A expansão da China também será um fator chave. A maior
economia asiática foi no ano passado o principal parceiro
comercial do Brasil e voraz consumidora de commodities.

O Ibovespa inclui uma série de empresas ligadas a
matérias-primas, caso da mineradora Vale .

O recente fim do ciclo de aperto monetário pode ajudar a
manter o aumento da oferta de crédito e ajudar os bancos
também. Isso pode beneficiar ações como as de Itaú Unibanco
, Banco do Brasil e Bradesco .

O Banco Central manteve a taxa básica Selic em 10,75 por
cento ao ano na reunião de setembro --em patamar elevado se
comparado a outras economias, mas ainda relativamente baixo
para os padrões históricos do Brasil.

As ações da estatal Petrobras podem subir até o
final do ano depois de concluída sua oferta primária avaliada
em até 65 bilhões de dólares.

Temores sobre a oferta da petrolífera, que inclui uma
operação de troca de barris de petróleo do governo por novas
ações da empresa, vêm pressionando as ações da companhia. Até o
encerramento de quarta-feira, as ações da Petrobras encolheram
cerca de 25 por cento.

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