São Paulo - Na última semana de janeiro, o mercado ainda vivencia os ecos da decisão da primeira reunião do Comitê de Política Monetária na última quarta-feira (19). A agenda de indicadores será marcada mais uma vez pelo monitoramento da inflação pelo mercado.

A ata do Copom, divulgada às 8h30 da quinta-feira (27) é o ponto alto da agenda nacional. O primeiro documento elaborado pela equipe de Alexandre Tombini deve dar o tom da nova gestão, diz Marcelo do Nascimento, economista da corretora Renascença. “O discurso benigno, de monitoramento de preços, que marcou a gestão de Meirelles, deve ser substituído por um tom mais forte”, explica o economista.

Os dados dos índices de inflação entram na agenda com o IGP-M às 8 horas da sexta-feira (28), e o IPCA-15, na quarta-feira (26) às 9 horas.  No caso do IGP-M, a expectativa é de leve aceleração para 0,75%, enquanto o IPCA-15 de janeiro deve recuar levemente para 0,61%, diz o economista.

Agenda externa

Nos Estados Unidos, o destaque vai para a divulgação do PIB americano do quarto trimestre na sexta-feira (28) às 11h30 de Brasília. A expectativa para o resultado anualizado é de avanço de 2,6% para 3,5%. Ainda no âmbito do monitoramento da saúde da economia americana, os investidores devem prestar atenção também na reunião do Fomc, banco central americano, na quarta-feira (26) às 17h15. “Não é aguardado nenhuma alteração na taxa de juros do país, mas a reunião sempre impacto na compra de títulos da dívida do pais”, destaca Nascimento.

O economista recomenda ainda acompanhar a agenda americana da quinta-feira (27), com os indicadores de vendas de imóveis existentes, pedidos semanais de seguro-desemprego e encomendas de bens duráveis.