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Paul Krugman chama analistas da S&P de “palhaços”

Nobel de Economia criticou a decisão da agência de classificação de risco de cortar o rating dos Estados Unidos

Em mensagens anteriores, Krugman chegou a comparar os analistas da agência a assassinos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 16h08.

São Paulo – Revoltado com a decisão da Standard & Poor’s (S&P) de rebaixar na última sexta-feira (5) o rating da dívida pública dos Estados Unidos de AAA para AA+, o economista americano Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008, criticou hoje (8) fortemente os analistas da agência de classificação de risco, os chamando de “palhaços”.

Em seu blog “ A Consciência de um Liberal ”, no site do jornal The New York Times, Krugman classificou a decisão da S&P de um “ataque invisível” feito por “vigilantes invisíveis” dos bônus do Tesouro dos Estados Unidos.

Segundo ele, será difícil não apenas digerir o corte no rating americano, como também será “doloroso no decorrer desta semana aguentar todas as ‘pessoas muito sérias’ (analistas das S&P e suas opiniões), e ter de tratar esses ‘palhaços’ como se a opinião deles valesse algo”, disse Krugman.

O Nobel de Economia criticou as justificativas dadas pela S&P e contestou o fato de a agência ter cortado o rating dos Estados Unidos citando apenas dúvidas sobre o cenário político da maior economia do mundo.

Em comunicado, a S&P destacou que “o plano de consolidação fiscal acordado recentemente pelo Congresso e o governo (dos EUA) não atende” ao que, na opinião dos analistas da S&P, “seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida do governo (americano) no médio prazo".

O rebaixamento promovido pela S&P veio depois de uma batalha amarga no Congresso dos EUA sobre o corte de gastos e o aumento de impostos para reduzir a dívida americana e permitir que o limite de endividamento legal fosse elevado.

Diante deste cenário, Krugman levantou suspeitas e se disse convencido de que, quando toda a história vier à tona, será possível ver se a S&P foi “política, tentando fazer algum favor a alguém”.

Reação do mercado

Na avaliação de Krugman, ninguém está ligando para o rebaixamento do rating dos EUA. "A S&P declarou que a dívida americana já não é um investimento seguro; mas os investidores estão em busca dela; e não fugindo dela”, disse o economista. “Isso mostra uma rejeição massiva do mercado às preocupações da agência de classificação de risco", acrescentou.

Segundo ele, tanto os preços das ações, quanto o dos títulos americanos deveriam estar caindo. “O que estamos vendo é esses preços se movendo para direções opostas”, afirma o prêmio Nobel, que em mensagens anteriores no seu blog chegou a comparar a agência de classificação de risco com um assassino. Ou seja, o mercado está procurando os títulos americanos e vendendo as ações.

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São Paulo – Revoltado com a decisão da Standard & Poor’s (S&P) de rebaixar na última sexta-feira (5) o rating da dívida pública dos Estados Unidos de AAA para AA+, o economista americano Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia em 2008, criticou hoje (8) fortemente os analistas da agência de classificação de risco, os chamando de “palhaços”.

Em seu blog “ A Consciência de um Liberal ”, no site do jornal The New York Times, Krugman classificou a decisão da S&P de um “ataque invisível” feito por “vigilantes invisíveis” dos bônus do Tesouro dos Estados Unidos.

Segundo ele, será difícil não apenas digerir o corte no rating americano, como também será “doloroso no decorrer desta semana aguentar todas as ‘pessoas muito sérias’ (analistas das S&P e suas opiniões), e ter de tratar esses ‘palhaços’ como se a opinião deles valesse algo”, disse Krugman.

O Nobel de Economia criticou as justificativas dadas pela S&P e contestou o fato de a agência ter cortado o rating dos Estados Unidos citando apenas dúvidas sobre o cenário político da maior economia do mundo.

Em comunicado, a S&P destacou que “o plano de consolidação fiscal acordado recentemente pelo Congresso e o governo (dos EUA) não atende” ao que, na opinião dos analistas da S&P, “seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida do governo (americano) no médio prazo".

O rebaixamento promovido pela S&P veio depois de uma batalha amarga no Congresso dos EUA sobre o corte de gastos e o aumento de impostos para reduzir a dívida americana e permitir que o limite de endividamento legal fosse elevado.

Diante deste cenário, Krugman levantou suspeitas e se disse convencido de que, quando toda a história vier à tona, será possível ver se a S&P foi “política, tentando fazer algum favor a alguém”.

Reação do mercado

Na avaliação de Krugman, ninguém está ligando para o rebaixamento do rating dos EUA. "A S&P declarou que a dívida americana já não é um investimento seguro; mas os investidores estão em busca dela; e não fugindo dela”, disse o economista. “Isso mostra uma rejeição massiva do mercado às preocupações da agência de classificação de risco", acrescentou.

Segundo ele, tanto os preços das ações, quanto o dos títulos americanos deveriam estar caindo. “O que estamos vendo é esses preços se movendo para direções opostas”, afirma o prêmio Nobel, que em mensagens anteriores no seu blog chegou a comparar a agência de classificação de risco com um assassino. Ou seja, o mercado está procurando os títulos americanos e vendendo as ações.

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