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Paralisação do governo dos EUA afeta IPO de Uber e Lyft

As empresas acreditam que a paralisação poderia adiar suas estreias na bolsa dependendo de quanto tempo vai demorar para a SEC reabrir

Uber: IPO é um dos mais esperados do ano (Uber/Reprodução)

Uber: IPO é um dos mais esperados do ano (Uber/Reprodução)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 08h02.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 16h07.

(Bloomberg) -- A Uber Technologies e a Lyft ainda não receberam respostas do órgão regulador de títulos dos EUA sobre suas apresentações confidenciais para abrir o capital, disseram pessoas a par do assunto.

Uma paralisação parcial do governo dos EUA provocada pelas negociações do presidente Donald Trump para construir um muro ao longo da fronteira sul do país deixou sem recursos a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês), o que provoca atrasos em um ano que deverá ter muitas aberturas de capital.

As empresas de transporte particular, que provavelmente realizarão duas das maiores aberturas do ano, acreditam que a paralisação poderia adiar suas estreias na bolsa dependendo de quanto tempo vai demorar para a SEC reabrir e de qual será a resposta da agência, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos são confidenciais. A Uber e a Lyft planejavam realizar suas aberturas de capital no primeiro semestre do ano.

Porta-vozes da Uber e da Lyft preferiram não comentar. Em comunicado enviado por e-mail, a SEC escreveu: “Antes que a paralisação entrasse em vigor, nós encorajamos aos solicitantes que entrassem em contato conosco para pedir a aceleração da efetivação das declarações de registro pendentes e nós efetivamos aproximadamente uma dúzia de declarações de registro”.

A paralisação do governo dos EUA deixou centenas de milhares de trabalhadores de licença ou instruídos a trabalhar sem salário. Ela deve impactar transações de todos os portes. A Eli Lilly & Co. afirmou na terça-feira que a SEC está criando “um problema” para o plano da empresa de vender ações de uma unidade que foi desmembrada no ano passado. Também na terça-feira, duas petroleiras adiaram a data de finalização de uma fusão de US$ 900 milhões por causa da paralisação do governo.

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