Mercados

Para presidente da bolsa, Previdência tem 50% de chance de passar

Finkelsztain frisou a importância da realização das reformas no Brasil para que o déficit fiscal seja controlado

Gilson Finkelsztain: o executivo citou que o ano de 2017 foi de grande desafios (Cetip/Divulgação)

Gilson Finkelsztain: o executivo citou que o ano de 2017 foi de grande desafios (Cetip/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 18h09.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 09h37.

São Paulo - Ainda há chances de que a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso neste ano e sua aprovação não está totalmente precificada no mercado, disse nesta quinta-feira, 7, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, em encontro com jornalistas. "O consenso é de que não está precificado, deve estar cerca de 50%", destaca o executivo.

Finkelsztain frisou a importância da realização das reformas no Brasil para que o déficit fiscal seja controlado, já que a trajetória vista hoje é insustentável.

Segundo o executivo, o próximo governo terá que enfrentar essa questão para que a retomada do crescimento econômico do País.

O executivo citou ainda que o ano de 2017 foi de grande desafios, mas que a equipe econômica fez um bom trabalho e destacou o Banco Central, que promoveu a queda da inflação e levou a taxa básica de juros, a Selic, ao menor nível da história brasileira.

Estrangeiros

O presidente da B3 destaca que o interesse dos investidores estrangeiros segue alto no Brasil, diante de um cenário em que a percepção é de crescimento do País, após três anos de recessão e queda de juros.

Ele lembra que na próxima semana serão precificadas três ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) - BR Distribuidora, Burger King Brasil e Neoenergia - e um follow on, da Sanepar. "As ofertas precificadas na mesma semana podem competir pela agenda de analistas, mas o interesse segue alto no País", disse.

Bitcoin

Segundo Finkelsztain, a moeda digital está no radar da B3. Em relação ao bitcoin, criptomoeda que acaba de atingir nova cotação recorde a US$ 15 mil, o executivo disse ter mais dúvidas do que certezas.

No entanto, a bolsa está olhando esse mercado, visto que já existe demanda, afirma.

O executivo disse que não sabe se será desenvolvido, por exemplo, o mercado futuro de bitcoin, mas que ele está claramente se tornando um ativo. Alguns intermediários, afirmou, estão chegando à B3 com essa demanda.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresReforma da Previdência

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off