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PANORAMA3-Emprego nos EUA azeda humor de mercado;Europa preocupa

Por José de Castro SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - A primeira semana do ano terminou com um gosto de decepção nos mercados financeiros globais, que se frustraram após os Estados Unidos gerarem bem menos empregos que o espero em dezembro. As preocupações com a Europa também voltaram à tona. No Brasil, investidores conheceram […]

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 17h40.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - A primeira semana do
ano terminou com um gosto de decepção nos mercados financeiros
globais, que se frustraram após os Estados Unidos gerarem bem
menos empregos que o espero em dezembro. As preocupações com a
Europa também voltaram à tona.

No Brasil, investidores conheceram nesta sexta-feira o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, que,
embora tenha desacelerado a 0,63 por cento, veio acima do teto
das expectativas. Na avaliação de investidores, o indicador
sugeriu inflação ainda em níveis incômodos, o que ditou alta
generalizada nas projeções de juros na BM&FBovespa.

Em 2010 como um todo, o IPCA teve alta de 5,91 por cento,
após variação de 4,31 por cento em 2009. O centro da meta do
governo é de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos
percentuais para cima ou para baixo [ID:nN07178520].

As demais praças domésticas reagiram à maior aversão a
risco no exterior, após a geração de 103 mil empregos nos EUA
ter azedado o humor do mercado, que previa geração de até 175
mil vagas.

Apesar de o dado ter ficado aquém das expectativas, a taxa
de desemprego caiu a 9,4 por cento, a menor desde maio de 2009,
de acordo com o Departamento de Trabalho [ID:nN07171000].

A decepção com o relatório de emprego levou o principal
índice das ações europeias ao vermelho. As bolsas de
valores em Nova York tinham leve recuo, pressionadas ainda pelo
setor bancário, que recuava por preocupações com execuções de
hipotecas em todo o país.

Em audiência no Congresso norte-americano, o chairman do
Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que a economia do país
pode finalmente estar ganhando ritmo, embora o crescimento
ainda seja fraco para reduzir com consistência o desemprego
[ID:nN07203846].

Na Bovespa, o principal índice captou a tensão externa e
caiu 0,74 por cento. O dólar fechou em leve baixa ante o real,
refletindo ajustes após três dias seguidos de alta. A cotação
chegou a cair com mais força ao longo da jornada, mas a
fraqueza do euro limitou o movimento.

A moeda europeia se aproximava da mínima em quatro meses
ante o dólar, diante do recrudescimento de temores com uma
crise de dívida na Europa, em antecipação a uma série de
leilões de títulos públicos por países da região.

Mais cedo, o presidente do Banco Central Europeu (BCE),
Jean-Claude Trichet, pediu que os governos do continente
consolidem suas finanças, afirmando ainda que as regras
orçamentárias da União Europeia (UE) deveriam ser mais duras
que as propostas pela Comissão Europeia [ID:nN07182461].

Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,686 real, em queda de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa cedeu 0,74 por cento, para 70.057 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 5,25 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,61 por
cento, a 36.535 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontou 12,19 por cento ao ano no call
das 16h, ante 12,10 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2918 dólar, ante
1,3001 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 135,625 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,705 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 4 pontos, para 169 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 10 pontos, a 239 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
caía 0,24 por cento, a 11.669 pontos; o S&P 500 perdia
0,24 por cento, a 1.270 pontos, e o Nasdaq recuava 0,29
por cento, a 2.701 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
retrocedeu 0,35 dólar, ou 0,4 por cento, a 88,03 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,3198
por cento ante 3,403 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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