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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2010 às 14h58.
SÃO PAULO, 20 de setembro (Reuters) - Os investidores
demonstraram otimismo com a economia global nesta
segunda-feira, com os principais mercados em alta um dia antes
de o Federal Reserve anunciar sua decisão sobre injetar mais
recursos no sistema financeiro.
De maneira geral, não se espera que o Fed lance mão de
novas medidas de afrouxamento monetário, mas os players ficarão
atentos ao comunicado ao fim da reunião do Comitê Federal de
Mercado Aberto (Fomc) em busca de sinais sobre a necessidade de
mais compras de ativos para amparar a retomada econômica
[ID:nN20225425].
Nesse contexto, o dólar recuava ante uma cesta de moedas
. No Brasil, a divisa chegou a acompanhar o movimento
externo, mas compras pontuais motivaram a alta da cotação no
meio da tarde.
Em São Paulo, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, disse que o crescente déficit nas transações
correntes brasileiras tende a ajustar a taxa de câmbio
[ID:nN20269305]. No final da tarde, o Ministério da Fazenda
informou em nota que o Fundo Soberano foi autorizado a adquirir
dólares em volume ilimitado [ID:nN2099980].
No aguardo do Fed, os principais índices das bolsas de
valores de Nova York subiram mais de 1 por cento. O Standard
and Poor's 500 fechou na máxima em quatro meses, após a quebra
importantes níveis técnicos e notícias positivas do âmbito
corporativo.
Ainda nos EUA, a confiança das construtoras do país mostrou
estabilidade em setembro, marcando leitura de 13, contra
expectativa de alta a 14, num sinal da persistente fraqueza do
setor imobiliário [ID:nN20262217].
O desempenho de Wall Street deu gás às principais ações
europeias . O Ibovespa não ficou atrás, retomando a
casa dos 68 mil pontos, com elevado volume de negócios em dia
de exercício de opções sobre ações.
A apreciação do índice acionário brasileiro --amparada
pelas blue chips Petrobras e Vale --
refletiu a força geral das commodities , que alcançaram a
máxima em oito meses nesta sessão.
Na agenda doméstica, o governo desbloqueou 1,7 bilhão de
reais em recursos do Orçamento de 2010, após revisar suas
receitas e despesas do ano com base em uma projeção de
crescimento econômico maior neste ano, de 7,2 por cento
[ID:nN20261991].
Investidores repercutiram ainda a elevação nas previsões
para o IPCA neste ano e no próximo, segundo o relatório Focus,
o que ajudou na alta das projeções embutidas nos contratos de
DI [ID:nN20253622].
Por fim, o déficit da Previdência ficou em 5,416 bilhões de
dólares em agosto, mais que o dobro do resultado de julho e
pouco acima dos 5,414 bilhões de reais apurados um ano antes
[ID:nN20260387].
Veja como terminaram os principais mercados nesta
segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,728 real, em alta de 0,52 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 1,64 por cento, a 68.190 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 9,03 bilhões de reais, turbinado por
3,449 bilhões de reais advindos do exercício de opções sobre
ações.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,56 por
cento, a 33.653 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,51 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,45 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3061 dólar, ante
1,3045 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subiu para 137,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,707 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil ficava estável em 198 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 10 pontos, a 270 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones ganhou 1,37 por cento, a 10.753
pontos, o S&P 500 avançou 1,52 por cento, a 1.142
pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 1,74 por cento,
aos 2.355 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 1,20 dólar, ou 1,63 por cento, a 74,86 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de
2,7063 por cento ante 2,743 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)