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PANORAMA3-BCE e dados dos EUA amparam nova alta em mercados

Por José de Castro SÃO PAULO, 2 de dezembro (Reuters) - Ações globais, commodities e o euro continuaram em alta nesta quinta-feira, com investidores demonstrando otimismo com o compromisso do Banco Central Europeu (BCE) em manter mecanismos de ajuda para conter a crise no continente. A agenda macroeconômica nos Estados Unidos endossou o bom humor. […]

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 17h56.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 2 de dezembro (Reuters) - Ações globais,
commodities e o euro continuaram em alta nesta quinta-feira,
com investidores demonstrando otimismo com o compromisso do
Banco Central Europeu (BCE) em manter mecanismos de ajuda para
conter a crise no continente. A agenda macroeconômica nos
Estados Unidos endossou o bom humor.

O maior apetite por risco se estendeu aos ativos locais. O
dólar caiu pela quarta sessão consecutiva ante o real, para
perto de 1,70 real, enquanto a Bovespa voltou a se aproximar
dos 70 mil pontos.

Em sua reunião de política monetária, o BCE deixou a taxa
básica de juros em 1,0 por cento ao ano e manteve um mecanismo
especial de injeção de liquidez no mercado. Mas a instituição
frustrou os agentes ao não anunciar a ampliação de seu atual
programa de compra de bônus.

O euro e o principal índice europeu de ações
chegaram a perder fôlego, mas notícias de que o BCE estaria
adquirindo títulos públicos de Portugal e Irlanda devolveram
ânimo aos mercados. A moeda única ganhava 0,6 por cento ante o
dólar no final da tarde, enquanto o FTSEurofirst 300 terminou
no pico em duas semanas.

O tom positivo contagiava ainda os pregões em Nova York,
com os principais índices registrando acréscimo em torno de 1
por cento, na cola dos ganhos do petróleo, que fechou na máxima
em mais de dois anos.

O bom humor era patrocinado ainda por mais uma série de
dados macroeconômicos nos EUA. No mais recente sinal de que a
recuperação do país está em curso, as vendas pendentes de
moradias dispararam 10,4 por cento em outubro, enquanto as
varejistas locais reportaram no mês passado o maior crescimento
nas vendas em quatro anos.

O mercado de trabalho também reservou boas surpresas.
Apesar do aumento nos pedidos de auxílio-desemprego na semana
passada, a média de quatro semanas --considerada uma medida
melhor para avaliar tendências-- caiu ao menor nível desde
agosto de 2008.

Na pauta doméstica, destaque para a alta de 0,4 por cento
na produção industrial em outubro sobre setembro, enquanto o
Índice de Preços Consumidor (IPC) de São Paulo desacelerou o
avanço a 0,72 por cento em novembro, um pouco menos que o
esperado.

O dado favoreceu a alta nos vencimentos mais curtos na
curva de juros, que já precifica elevação de 0,25 ponto
percentual na Selic na próxima reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom), em dezembro.

Ainda assim, a maioria dos analistas concentra as apostas
de retorno do aperto monetário somente em 2011, de acordo com
pesquisa da Reuters [ID:nN02197784].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,703 real, em queda de 0,23 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,26 por cento, para 69.527 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 5,8 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,43 por
cento, a 35.496 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,23 por cento ao ano, ante
12,13 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3219 dólar, ante
1,3142 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, tinha alta a 137,063 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,567 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 8 pontos, para 175 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 10 pontos, a 246 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
registrava ganho de 0,90 por cento, a 11.357 pontos; o S&P 500
avançava 1,22 por cento, a 1.220 pontos, e o Nasdaq
tinha acréscimo de 1,13 por cento, a 2.578 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 1,25 dólar, ou 1,44 por cento, a 88,00 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, marcava baixa, oferecendo rendimento de
3,0034 por cento ante 2,966 por cento no fechamento anterior.

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