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Aposta em inflação menor derruba juro e ajuda bancos

O estopim para o otimismo foi o despretensioso Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 19h36.

São Paulo - A expectativa de que a inflação doméstica comece a arrefecer já este mês ditou queda das projeções de juros futuros e deu fôlego às ações de bancos e varejistas, levando a Bovespa para cima na terça-feira.

O estopim para o otimismo foi o despretensioso Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que normalmente chama pouco a atenção, mas desta vez foi a estrela do dia, ao apontar avanço de 1,16 por cento na primeira prévia de fevereiro, abaixo da alta de 1,27 por cento de janeiro [ID:nN08265011].

A desaceleração ofuscou dados usualmente mais valorizados. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avançou 0,83 por cento em janeiro, o maior desde abril de 2005, ante 0,63 por cento em dezembro [ID:nN08267672]. O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,98 por cento em janeiro, ante 0,38 por cento em dezembro [ID:nN08265371].

Segundo profissionais do mercado, além de monitorar os números de inflação, os players aguardam sinais do governo que possam ajudar a melhorar as perspectivas de inflação. Uma delas é a de cortes no Orçamento, prevista para esta semana.

Além disso, o Banco Central anunciou que pretende dar na quinta-feira "informações atualizadas sobre as operações de crédito". A expectativa é de que o BC aponte desaceleração dos financiamentos, reagindo às medidas anunciadas pelo órgão em dezembro.

"O anúncio está em linha com o objetivo do BC de coordenação de expectativas em torno do impacto das iniciativas macroprudenciais", disse um economista do Itaú Unibanco, Guilherme da Nobrega.

Resultado: as projeções embutidas nos contratos de juros futuros recuaram. Em outra frente, ações de bancos e de varejistas, que vinham sendo castigadas após o BC ter iniciado um ciclo de aperto monetário no mês passado, tomaram fôlego, puxando o Ibovespa para cima.

Já no câmbio, o dólar interrompeu a série de quatro altas seguidas e fechou em baixa, reagindo à continuidade da entrada de recursos no país, num dia de atuação mais discreta do BC e de agenda macroeconômica esvaziada nos EUA. O destaque internacional ficou por conta da China, que voltou a subir o juro em 0,25 ponto percentual, para tentar debelar a inflação.

Veja como fecharam os principais mercados nesta terça-feira:

CÂMBIO

O dólar saiu cotado a 1,667 real, em baixa de 0,77 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa subiu 0,63 por cento, para 65.771 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 1,27 por cento perto do fechamento, a 35.376 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 estava em 12,30 por cento ao ano ante 12,36 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3632 dólar, ante 1,3582 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 134,063 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,899 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil subia 2 pontos, para 165 pontos-básicos. O EMBI+ operava a 241 pontos-básicos, com baixa de 8 pontos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,59 por cento, a 12.233 pontos, o S&P 500 <.SPX> avançou 0,42 por cento, a 1.324 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> teve valorização de 0,47 por cento, aos 2.797 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 0,62 por cento, a 86,94 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,7373 por cento ante 3,64 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ))

(Por Aluísio Alves; edição de Bruno Marfinati)

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