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Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2010 às 12h29.
SÃO PAULO, 28 de outubro (Reuters) - Uma enxurrada de
balanços corporativos movimentava a bolsa brasileira nesta
quinta-feira, em um pregão sem tendência definida nos mercados
acionários internacionais antes do provável pacote de estímulo
monetário que o Federal Reserve deve anunciar na próxima
semana.
No mercado local de juros futuros, a ata do Comitê de
Política Monetária (Copom) não mudou a perspectiva do mercado
de que a Selic deve ser mantida neste ano e a definição da
trajetória em 2011 depende de dados futuros.
Entre as empresas que divulgaram resultados estão Vale
, Usiminas e Santander .
A Vale lucrou 10,6 bilhões de reais no terceiro trimestre,
alta de 253 por cento em relação a um ano atrás. Em nove meses,
a mineradora lucrou 20 bilhões de reais, 208 por cento acima do
obtido há um ano [ID:nN27252862].
A Usiminas teve alta de 14 por cento no lucro
líquido do terceiro trimestre, a 495 milhões de reais, apesar
de registrar queda de 9 por cento nas vendas em volume
[ID:nN2898939].
O Santander Brasil reportou lucro líquido de
1,935 bilhão de reais, aumento de 31,4 por cento em relação ao
mesmo período do ano passado, segundo a norma contábil
internacional (IFRS). No padrão brasileiro, o lucro gerencial
do banco ficou em 1,826 bilhão de reais [ID:nN2898630].
A safra de balanços ofuscava a ata do Copom, que não era
capaz de provocar grandes movimentações no mercado de juros
futuros. O Banco Central afirmou que prevalece o cenário
benigno de inflação, mas que a política monetária será ajustada
prontamente caso isso se altere [ID:nN28101934].
Na agenda de indicadores dos Estados Unidos, o número de
pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana
passada, para o menor nível em três meses. O dado chegou a
impulsionar as bolsas na abertura, mas Wall Street tendia a uma
ligeira queda no fim da manhã, pelo desempenho do setor
industrial após uma perspectiva ruim da 3M .
No mercado de câmbio, os investidores interromperam a
cobertura de posições vendidas e devolviam ao dólar a tendência
internacional de queda, à espera do pacote de estímulo a ser
anunciado pelo Fed.
Veja como estavam os principais mercados às 13h24 desta
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,715 real, em baixa de 0,41 por cento
frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subia 0,3 por cento, para 70.782 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 2,6 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros ganhava 0,76 por
cento, a 35.437 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,36 por cento ao ano,
estável frente ao ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3928 dólar,
ante 1,3768 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, mostrava estabilidade, a 139,938 por cento do valor de
face, oferecendo rendimento de 2,176 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 2 pontos, para 170 pontos-básicos. O
EMBI+ também cedia 2 pontos, a 239 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones caía 0,13 por cento, a 11.111
pontos, o S&P 500 tinha variação positiva de 0,09 por
cento, a 1.183 pontos, e o Nasdaq tinha oscilação
negativa de 0,08 por cento, aos 2.501 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subia 0,3 dólar, a 82,39 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,676
por cento ante 2,729 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)