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Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2010 às 11h56.
SÃO PAULO, 1o de novembro (Reuters) - Os mercados
brasileiros acompanhavam o tom positivo do cenário global nesta
segunda-feira, com a eleição de Dilma Rousseff (PT) à
Presidência já "embutida" nos preços. O otimismo no cenário
externo vinha principalmente de dados fortes sobre o setor
manufatureiro da China.
Duas pesquisas com executivos chineses mostraram força na
segunda maior economia do mundo.
O índice de atividade do setor manufatureiro da China
atingiu em outubro a máxima em seis meses e superou as
previsões. Outro índice, produzido pelo Markit para o HSBC,
forneceu um cenário semelhante, com uma das maiores altas
mensais na história da pesquisa [ID:nN01124327].
Também nos Estados Unidos, a maioria dos indicadores era
favorável, ainda que não mude a perspectiva de mais estímulo à
economia pelo Federal Reserve na reunião desta semana. A
expansão do setor manufatureiro acelerou em outubro, enquanto
os gastos com construção aumentaram inesperadamente em
setembro.
Com isso, as principais bolsas de valores norte-americanas
exibia alta, beneficiando o Ibovespa. A alta das commodities,
na esteira do dado chinês, ajudava também as blue chips no
Brasil.
O dólar caía levemente frente ao real, monitorando o
movimento das moedas no mercado internacional. As projeções de
juros recuavam, em poucos negócios antes do feriado nacional de
Finados, na terça-feira, e da decisão do Fed, na quarta.
A atenção dos pregões locais ao mercado externo não indica,
no entanto, que os investidores não estejam também ansiosos por
mais detalhes sobre a condução da economia no novo governo.
No primeiro pronunciamento após a confirmação da vitória
nas urnas, Dilma lembrou que o Brasil não deve contar com a
pujança das economias desenvolvidas, reafirmou o compromisso de
erradicar a miséria e disse que melhorará a qualidade dos
gastos públicos, mas sem colocar em xeque investimentos e
programas sociais [ID:nN01136043].
Veja como estavam os principais mercados às 12h52 desta
segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,701 real, em queda de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subia 1,51 por cento, para 71.738 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,54 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,59 por
cento, a 36.160 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,31 por cento ao ano, ante
11,34 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3903 dólar,
ante 1,3947 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía a 138,750 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,383 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 6 pontos, para 170 pontos-básicos. O
EMBI+ perdia 7 pontos, a 238 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subia 0,88 por cento, a 11.216
pontos; o S&P 500 avançava 0,75 por cento, a 1.192
pontos, e o Nasdaq tinha alta de 0,54 por cento, a
2.520 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
avançava 2 dólares, a 83,43 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía 0,06 ponto, oferecendo rendimento
de 2,6266 por cento ante 2,603 por cento no fechamento
anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Silvio Cascione)