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PANORAMA1-Melhora externa favorece leitura da ata do Copom

SÃO PAULO, 28 de outubro (Reuters) - A ata da última reunião do Copom merece a atenção de investidores do mercado brasileiro nesta quinta-feira. Após o enxuto comunicado divulgado com a decisão de manter a Selic em 10,75 por cento, o documento ajudará a ratificar --ou não-- apostas de estabilidade do juro brasileiro até o […]

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2010 às 06h53.

SÃO PAULO, 28 de outubro (Reuters) - A ata da última
reunião do Copom merece a atenção de investidores do mercado
brasileiro nesta quinta-feira. Após o enxuto comunicado
divulgado com a decisão de manter a Selic em 10,75 por cento, o
documento ajudará a ratificar --ou não-- apostas de
estabilidade do juro brasileiro até o final do ano.

"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para
a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa
Selic em 10,75% a.a., sem viés", disse a nota do Comitê de
Política Monetária, na semana passada.

Na ata, vale buscar a visão do Banco Central sobre o
descompasso da produção industrial e das vendas no varejo, além
da análise sobre a inflação corrente e o comportamento das
expectativas para os preços.

A cena corporativa local também deve ficar sob os
holofotes, em particular os resultados financeiros recordes
obtidos pela Vale no terceiro trimestre divulgados na véspera,
após o fechamento do mercado local.

Na agenda desta quinta-feira, Usiminas e Suzano apresentam
os números antes da abertura do pregão e OI, CSN, Embraer e
Lojas Renner divulgam os balanços após o encerramento dos
negócios.

A melhora nos mercados internacionais proporciona um
ambiente mais tranquilo para a leitura do documento do BC e
repercussão aos resultados corporatvos locais, com os
principais índices acionários internacionais e as commodities
em alta e o dólar retomando o viés de baixa.

O índice MSCI para ações globais subia 0,44
por cento.

Entre as commodities, o petróleo ganhava 0,16 por cento,
negociado a 82,07 dólares o barril nas operações eletrônicas de
Nova York.

No segmento cambial, o índice DXY, que mede o valor do
dólar ante uma cesta de moedas, cedia 0,53 por cento. Ante o
iene, a divisa norte-americana perdia 0,57 por cento, a 81,30
ienes. O euro valorizava-se 0,49 por cento, a 1,3834 dólar.

A decisão do Banco do Japão de adiantar sua reunião de
novembro para os dias 4 e 5 --ante 15 e 16 inicialmente-- para
antecipar o início do programa de compras de ativos repercutiu
bem entre analistas, que consideram a atitude uma forma de o
BoJ poder agir logo na sequência do Federal Reserve, se
precisar.

O BC norte-americano reúne-se nos dias 2 e 3 de novembro e
a expectativa quase consesual no mercado é de que anuncie nova
rodada de quantitative easing. Dealers primários nos Estados
Unidos esperam que o montante para a compras de ativos fique
entre 80 bilhões e 100 bilhões por mês.

De acordo com pesquisa Reuters publicada na véspera, as
estimativas sobre o valor total destinado ao programa variaram
de 250 bilhões a 2 trilhões de dólares. Levantamento do início
do mês, essa faixa era de 500 bilhões a 1,5 trilhão de
dólares.

Na Europa, os pregões também eram influenciados por
resultados corporativos acima do esperado e o FTSEurofirst 300
verificava elevação de 0,78 por cento. Mesmo movimento
ocorria nos futuros acionários nos EUA, com o contrato do S&P
500 em alta de 3,30 pontos.

Na Ásia, a decisão do Banco do Japão agradou, mas não foi
suficiente para evitar a queda de 0,22 por cento do Nikkei
. O foco segue na reunião do Fed e como isso afetará o
mercado de moedas e a liquidez global. O índice da bolsa de
Xangai cedeu 0,15 por cento.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN27243555]

Veja como terminaram os principais mercados na
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,722 real, em alta de 0,94 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,24 por cento, a 70.568 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,1 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 1,8 por
cento, a 35.169 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,35 por cento ao ano no
call das 16h, estável ante o ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3763 dólar, ante
1,3859 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava para 139,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,191 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, a 170 pontos-básicos. O EMBI+
cedia 9 pontos, a 237 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones perdeu 0,39 por cento, a 11.126
pontos, o S&P 500 caiu 0,27, a 1.182 pontos. O Nasdaq
Composite subiu 0,24 por cento, aos 2.503 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
registrou queda de 0,61 dólar, a 81,94 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,725
por cento ante 2,645 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)

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