Ata do Copom ocupa foco local;Japão é destaque externo
SÃO PAULO - A quinta-feira reserva uma agenda intensa aos investidores do mercado brasileiro, com destaque para a ata da última reunião do Copom. O documento será "vasculhado" em busca de sinais sobre os próximos movimentos do Banco Central, em particular a duração e intensidade do aperto monetário iniciado na quarta-feira, com a elevação da […]
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 07h04.
SÃO PAULO - A quinta-feira reserva uma agenda intensa aos investidores do mercado brasileiro, com destaque para a ata da última reunião do Copom. O documento será "vasculhado" em busca de sinais sobre os próximos movimentos do Banco Central, em particular a duração e intensidade do aperto monetário iniciado na quarta-feira, com a elevação da Selic a 11,25 por cento.
O quadro externo, contudo, não proporciona um dia tão tranquilo para a leitura da ata, após a decisão da S&P de rebaixar o rating do Japão minar o humor nas principais praças financeiras externas. A agência cortou a nota da dívida de longo prazo soberana do Japão em 1 grau, de AA para AA-, com perspectiva estável, citando o déficit crescente do país.
Antes do anúncio, o Nikkei em Tóquio ainda encerrou em alta de 0,74 por cento e o índice da bolsa de Xangai valorizou-se 1,49 por cento. Na Europa, contudo, o FTSEurofirst 300 recuava 0,06 por cento às 7h37, encontrando algum suporte em ações de mineradoras. O futuro do norte-americano S&P 500 cedia 1,20 ponto.
Uma série de dados econômicos também é aguardada por Wall Street, além de resultados de empresas como Caterpillar, Colgate-Palmolive e Microsoft.
O índice MSCI para ações globais perdia 0,01 por cento e o para emergentes subia apenas 0,04 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão declinava 0,08 por cento.
Entre as moedas, o dólar avançava 0,72 por cento, a 82,82 ienes. O euro recuava 0,16 por cento, a 1,3690 dólar. O índice DXY, que mede o valor da divisa norte-americana ante uma cesta com as principais moedas globais, oscilava ao redor da estabilidade. Nesse contexto, o petróleo caía 0,78 dólar nas operações eletrônicas em Nova York.
Veja a variação dos principais mercados na quarta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,671 real, estável frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 1,03 por cento, para 68.709 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,83 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,23 por cento, a 36.284 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,47 por cento ao ano, ante 12,42 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3697 dólar, ante 1,3689 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 135,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,641 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 12 pontos, para 161 pontos-básicos. O EMBI+ também tinha queda de 12 pontos, a 235 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones teve oscilação positiva de 0,07 por cento, a 11.985 pontos; o S&P 500 avançou 0,42 por cento, a 1.296 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,74 por cento, a 2.739 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 1,14 dólar, ou 1,32 por cento, a 87,33 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 3,4185 por cento ante 3,33 por cento no fechamento anterior.