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Ouro recua 0,4% por dólar forte e ceticismo com Grécia

Ceticismo em relação à Grécia limita desempenho do metal


	Ouro: o preço do metal aumentou para investidores que não usam o dólar
 (David Paul Morris/AFP)

Ouro: o preço do metal aumentou para investidores que não usam o dólar (David Paul Morris/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 17h52.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, mesmo com o acordo da dívida da Grécia, o que não aumentou a confiança do mercado. Além disso, a alta do dólar fez com que os investidores deixassem as aplicações, por não precisarem procurar uma alternativa à moeda.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega em dezembro, perdeu US$ 7,30 (0,40%) e encerrou a US$ 1.742,30 a onça-troy.

Os ministros da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo para cortar o nível da dívida grega para menos que 124% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. Além disso, a Grécia obterá uma parcela de 43,7 bilhões de euros, em três parcelas, como parte do segundo pacote de socorro econômico ao país.

Com a notícia, os contratos futuros de ouro tiveram uma alta limitada, impulsionada pelo ceticismo dos participantes do mercado de que os esforços serão suficientes para manter a Grécia em curso, segundo analistas. "O impacto do acordo se dissipou rapidamente", disse o analista sênior de metais da Kitco North America Jon Nadler.

A alta do dólar fez com que o ouro, denominado na divisa norte-americana, ficasse mais caro para os investidores que usam outras moedas. Alguns investidores buscam o ouro como alternativa ao temor de desvalorizações de moedas. Esses temores, no entanto, perdem força quando o dólar se fortalece, diminuindo o interesse pelo metal.


Segundo analistas, os investidores também estão atentos às negociações para evitar o "abismo fiscal" nos Estados Unidos, uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem, caso não haja acordo no Congresso. Porém, não tem havido progresso aparente nas conversas.

"Até que a situação do 'abismo fiscal' se estabilize, existe uma relutância em se comprometer agressivamente com ativos tangíveis", disse o analista da Logic Advisors Bill O'Neill. "O mundo inteiro está atento a isso." As informações são da Dow Jones.

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