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Ouro fica próximo ao recorde com expectativa de corte de juros nos EUA

Mercado de ouro permanece estável, aguardando sinais de flexibilização monetária do Fed em meio a tensões geopolíticas crescentes

Ouro tem batido seguidos recordes de alta nas últimas semanas. (Pixabay/Divulgação)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 26 de agosto de 2024 às 06h04.

O ouro segue negociado próximo ao seu recorde histórico, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, confirmar as expectativas de que o banco central dos Estados Unidos deve iniciar um ciclo de cortes na taxa de juros em breve. Na última sexta-feira, 23, o metal foi cotado a cerca de US$ 2.510 (R$ 13.800) por onça, após uma alta de 1,1%, influenciada pelo discurso de Powell em Jackson Hole, Wyoming.

De acordo com a Bloomberg, o chefe do Fed declarou que "o momento chegou" para uma mudança na política monetária, sinalizando uma possível redução nas taxas de juros e ressaltando a importância de evitar um desaquecimento maior no mercado de trabalho dos EUA.

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A perspectiva de juros mais baixos tende a aumentar a atratividade do ouro em comparação com títulos do Tesouro, que oferecem rendimentos baseados em juros. Esse cenário contribuiu para o impressionante ganho de mais de 20% do ouro em 2024, em meio a uma combinação de otimismo em relação ao afrouxamento monetário do Fed, aumento da demanda por ativos seguros diante de riscos geopolíticos e incertezas relacionadas às eleições presidenciais dos EUA. A demanda crescente por parte de bancos centrais e consumidores asiáticos também desempenhou um papel fundamental na sustentação dos preços.

Valor estável

Na manhã de segunda-feira (26), em Singapura,o ouro à vista permaneceu estável, sendo negociado a US$ 2.515,12 (R$ 13.850,50), após ter alcançado o recorde de US$ 2.531,75 (R$ 13.904,30) na semana anterior. Os próximos dias serão determinantes para os mercados financeiros dos EUA, com a divulgação de uma série de dados econômicos que poderão influenciar as expectativas em relação ao ritmo dos cortes de juros.

O principal destaque será o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), a métrica preferida do Fed para avaliar a inflação, cujo resultado de julho será divulgado na sexta-feira (30). Os investidores também estão de olho na escalada das tensões no Oriente Médio, após o ataque preventivo de Israel contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano durante o fim de semana.

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