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Ouro fecha em alta com dólar frágil e recompra de bônus

Contrato com entrega em fevereiro, que perdeu 2,3% de seu valor na semana passada, registrou ganho de 0,49%


	Enquanto alguns analistas avaliam que o abismo fiscal ainda impede a alta do ouro, outros afirmam que o mercado está se acostumando à ideia de que os EUA tenham que enfrentá-lo
 (Sebastian Derungs/AFP)

Enquanto alguns analistas avaliam que o abismo fiscal ainda impede a alta do ouro, outros afirmam que o mercado está se acostumando à ideia de que os EUA tenham que enfrentá-lo (Sebastian Derungs/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 18h17.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira, recuperando parte das perdas da semana passada, com o avanço do euro ante o dólar. Alguns investidores comemoraram o progresso da Grécia em sua batalha contra a dívida, enquanto outros continuam focados nas negociações para evitar o "abismo fiscal" nos Estados Unidos.

O contrato mais negociado, com entrega em fevereiro, ganhou US$ 8,40 (0,49%) e fechou a US$ 1.721,10 a onça-troy. O contrato havia recuado 2,3% na semana passada e 0,5% no mês de novembro.

O euro alcançou a maior alta em seis semanas ante o dólar, após a Grécia anunciar seu programa de recompra de bônus no valor de 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões), em um esforço para reduzir sua dívida.

Os preços do ouro seguiram a alta do euro, com o metal precioso denominado em dólar ficando mais barato para os investidores que usam outras moedas quando o dólar sofre baixas. "O mercado está vendo o dólar sob pressão e está confortável com a força adquirida pela moeda europeia. Isso é um benefício temporário para o ouro", disse o diretor do Linn Group Ira Epstein.

Outros participantes do mercado focaram suas atenções no lento progresso das negociações para evitar o "abismo fiscal" nos EUA, uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem,caso não haja acordo no Congresso.


"O mercado está se acostumando à ideia de os EUA entrarem no 'abismo fiscal', então o choque já se foi", disse Epstein. Ele acrescentou que a atenção está voltada ao que isso significaria para os preços dos ativos.

Ainda assim, alguns analistas acreditam que as incertezas que rondam a situação fiscal nos EUA estão impedindo maiores altas do ouro. As informações são da Dow Jones.

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