Cotação: os preços do petróleo voltaram a operar abaixo de US$ 30 por barril nos negócios de hoje, após a Arábia Saudita reiterar ontem que não vai cortar investimentos (Thinckstock)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 10h02.
Kuwait - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) quer ajuda de produtores que não pertençam ao grupo para estabilizar o mercado da commodity, afirmou hoje a principal representante do Kuwait no cartel, Nawal al-Fuzaia.
Segundo Al-Fuzaia, a Opep está "viva e bem", mas não tem condições de estabilizar o mercado sem a cooperação de países que não integram o grupo, como a Rússia. "A Opep está buscando se coordenar com (produtores fora do grupo)", disse ela, durante conferência de energia no Kuwait.
Al-Fuzaia reconheceu, porém, que uma eventual reunião da Opep sem medidas concretas para impulsionar o mercado poderá pressionar ainda mais os preços do petróleo.
Os preços do petróleo voltaram a operar abaixo de US$ 30 por barril nos negócios de hoje, após a Arábia Saudita reiterar ontem que não vai cortar investimentos, apesar dos atuais preços baixos, reforçando temores de que o excesso de oferta irá persistir por muito mais tempo.
Para Al-Fuzaia, o primeiro semestre do ano será "muito difícil". "Os estoques estão acima da média de cinco anos e isso é difícil, principalmente com a suspensão prevista de operações nas refinarias no segundo trimestre do ano," afirmou.
Al-Fuzaia prevê que as cotações do petróleo continuarão abaixo de US$ 30, mas acredita que a demanda crescerá se a economia melhorar no segundo semestre. "E os preços vão subir", disse.
De qualquer forma, os preços poderão ficar em torno de US$ 40 a US$ 60 por barril até 2020 e começar a avançar depois disso, se o mercado se estabilizar, acrescentou.